O governador Eduardo Riedel (PSDB) usou as redes sociais para pedir Justiça e cobrar uma pena justa ao autor do assassinato de uma jornalista, de 42 anos, ocorrido na quarta-feira (12), em Campo Grande.
A vítima trabalhava na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul e tinha acabado de retornar da Casa da Mulher Brasileira com o pedido de medida protetiva concedido.
No vídeo, o chefe do Executivo Estadual lamentou a morte da profissional e se solidarizou. “Fiquei profundamente impactado e indignado com essa situação por ela e as famílias envolvidas em casos como esse que ocorrem com frequência aqui no nosso Estado”.
Em seguida, ele disse que a situação não pode passar como impunidade para ninguém. Na publicação, compartilhada no Story, o governador acrescentou a #TodosPorElas, alusiva a campanha do poder judiciário para combater, prevenir e erradicar o Feminicídio.
A morte da jornalista foi o segundo feminicídio registrado este ano em Mato Grosso do Sul e o primeiro de Campo Grande. O primeiro caso aconteceu em Caarapó, no dia 04 deste mês, quando um homem invadiu a loja onde a ex-companheira trabalhava e a matou com tiros, e ainda matou a amiga dela e cometeu suicídio em seguida.
O caso
Segundo o registro, a vítima, que trabalhava como jornalista em um órgão público estadual de Mato Grosso do Sul, tinha ido pela manhã na Casa da Mulher Brasileira registrar o caso de agressão ocorrido na noite anterior e pediu a medida protetiva. Ao retornar para sua casa, no bairro São Francisco, encontrou o autor e tiveram uma discussão.
O companheiro passou a agredi-la com tapas e aplicou três golpes de faca próximo ao coração. Vizinhos escutaram os gritos e foram tentar ajudar, mas o sujeito ameaçou investir e então chamaram a Polícia Militar. Depois, outras pessoas conseguiram arrombar o portão da casa e deter o autor, que acabou preso em flagrante.
A jornalista foi socorrida pelo SAMU e o Corpo de Bombeiros, sendo encaminhada para a Santa Casa, onde passou por uma cirurgia no coração e não resistiu, falecendo em seguida. Amigos disseram que a profissional iria se mudar da casa. O casal estava morando junto há cerca de três anos, mas vizinhos detalharam histórico de brigas e gritarias.