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quinta-feira, 17 de julho, 2025
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Governo de MS apresenta proposta de regionalização e financiamento da saúde às prefeituras do Estado

O Governo de Mato Grosso do Sul reafirmou nesta quarta-feira (16), por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o compromisso com a regionalização da saúde pública durante o Dia S – Prefeitos pela Saúde, evento realizado na sede da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

A reunião contou com a presença de representantes de 50 municípios e consolidou o diálogo entre Estado e municípios em torno de um tema que impacta diretamente a vida de milhares de sul-mato-grossenses: o acesso à saúde com qualidade, eficiência e proximidade.

Representando o governador Eduardo Riedel, o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, destacou que a regionalização da saúde vai muito além de um ajuste administrativo. Para ele, trata-se de um legado que o governo quer deixar para as futuras gerações, promovendo uma rede hospitalar mais organizada e políticas públicas que olhem para cada município conforme suas necessidades específicas.

“O governo vem reestruturando a rede hospitalar do Estado, estabelecendo critérios claros para unidades de pequeno, médio e grande porte, e implantando mecanismos como a Central Única de Regulação de Urgência e Emergência. Todo esse movimento busca assegurar que o Sistema Único de Saúde (SUS), considerado único no mundo pela sua abrangência, funcione com mais qualidade, principalmente para hospitais que apresentam maior produtividade”, afirmou.

Governo de MS apresenta proposta de regionalização e financiamento da saúde às prefeituras do Estado
Fotos: Max Arantes/Casa Civil

O encontro também serviu para a apresentação detalhada do Plano Diretor de Regionalização da Saúde, já aprovado e em implementação. O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, explicou que o objetivo central do projeto é descentralizar o atendimento de média e alta complexidade. Com a criação dos chamados “cinturões de saúde”, a proposta é evitar que a população precise percorrer grandes distâncias em busca de atendimento especializado, reduzindo custos e garantindo mais conforto aos pacientes e às famílias.

“A ideia é garantir que os serviços estejam mais próximos das pessoas, melhorando o acesso, a qualidade do atendimento e a sustentabilidade financeira dos hospitais. Nosso compromisso é trabalhar ao lado dos municípios, entendendo suas realidades e buscando soluções conjuntas”, destacou o secretário Maurício.

Para Thalles Tomazelli, prefeito de Itaquiraí e presidente da Assomasul, discutir regionalização não é apenas falar de gestão pública, mas pensar nas pessoas que vivem nos municípios, onde as necessidades são mais urgentes. “É fundamental que prefeitos, vices e secretários municipais compreendam como o governo está moldando essa nova política, pois é nas cidades que a vida acontece e é lá que o serviço público precisa dar resposta”, completou Thalles.

A secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Ana Nardes, reforçou que a regionalização não pode acontecer sem a participação ativa dos municípios. “É uma construção conjunta. O Estado não faz nada sozinho. Precisamos ouvir, planejar e executar em parceria com as prefeituras. É isso que garante que as políticas públicas cheguem com qualidade à população”, afirmou Ana Nardes.

A regionalização da saúde em Mato Grosso do Sul já movimentou mais de R$ 1,8 bilhão em investimentos desde 2023, incluindo obras, aquisição de equipamentos, veículos, incentivos hospitalares e repasses aos municípios. Entre os destaques do projeto está a criação da Central Única de Regulação, que unificará os sistemas das macrorregiões de Campo Grande e Três Lagoas, proporcionando maior transparência e agilidade na liberação de leitos hospitalares pelo SUS.

Governo de MS apresenta proposta de regionalização e financiamento da saúde às prefeituras do Estado
Fotos: Max Arantes/Casa Civil

Outro avanço importante é a implantação da Política Estadual de Incentivo Hospitalar, que estabelece novos critérios para o financiamento da rede pública e cria categorias para os hospitais, classificados como locais/municipais, de apoio regional ou regionais. O novo modelo busca estimular a produtividade, equilibrar financeiramente as unidades de pequeno porte e ampliar o acesso da população a serviços de média e alta complexidade.

Barbosinha afirmou ainda que o momento que Mato Grosso do Sul vive é histórico e representa uma virada na forma de planejar e executar a saúde pública. Ele enfatizou que a prioridade do governo é construir um sistema de saúde mais eficiente e próximo das pessoas, reduzindo filas e fortalecendo a capacidade dos hospitais regionais para atender à população local.

“Estamos olhando para o futuro, mas com os pés no presente. Queremos uma saúde mais próxima das pessoas, sem filas desnecessárias, com hospitais fortalecidos e regiões estruturadas. Isso é respeito com a população e compromisso com a vida”, finalizou.

Além das lideranças da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o encontro contou com a presença do time da Secretaria de Estado da Casa Civil, liderada pelo secretário Eduardo Rocha, reafirmando a integração do governo estadual na execução das políticas públicas de saúde.

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