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sexta-feira, 22 de agosto, 2025
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Grupo forma coletivo inspirado em iniciativa do Reviva Campo Grande

O projeto é financiado pelo governo federal

28/04/2020 09h06
Por: Ascom

No segundo semestre de 2019, desembarcou na capital uma proposta inédita de incentivo ao uso dos espaços públicos. Como parte da dinâmica do Programa Reviva Campo Grande, o TransLAB.URB, coletivo autônomo de Porto Alegre/RS, desenvolveu e aplicou, ao longo de cinco semanas, a metodologia de Laboratórios Urbanos Efêmeros para a Prefeitura Municipal de Campo Grande, ocupando neste tempo parte da Esplanada Ferroviária.

O Lab Campo Grande consistia em um espaço de encontro para que projetos e iniciativas da cidade desenvolvessem ações que potencializassem o território. E muitas ações aconteceram com grupos organizados, estudantes e a sociedade civil em geral. De portas abertas, a Esplanada foi palco de atividades culturais, esportivas, educacionais, além de outras intervenções diferentes e colaborativas.

Durante a execução do projeto, as dinâmicas permitiram que esses grupos pensassem em uma continuidade para os arranjos ali formados. E, dessa experiência, nasceu uma “sementinha”: o Coletivo Labor, um grupo formado por estudantes de Arquitetura, Psicologia, Engenharia Civil e um advogado, que busca unir conhecimento de arte, design, urbanismo e psicologia e ampliar as possibilidades de acesso a esses campos do saber, colaborando para o fortalecimento da cultura e de agentes disseminadores e, assim, o direito à cidade.

A boa notícia é que o Coletivo já conseguiu financiamento para dar início às atividades. O projeto foi um dos contemplados no Programa Centelha, uma iniciativa promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), operada pela Fundação CERTI e, no Mato Grosso do Sul, executada pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT). O Programa visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Mato Grosso do Sul.

“Ficamos sabendo dele por uma amiga da faculdade, e ele disponibiliza até R$60mil para iniciar um empreendimento de caráter inovador, principalmente no ramo tecnológico, contemplando a aquisição de equipamentos, cursos e viagens para palestras e aulas. Nosso empreendimento teve um total de R$53mil de financiamento, onde procuramos orçar equipamentos para montar um estúdio de produção e fabricação digital, com a aquisição de material para um estúdio de fotografia, computadores, projetor e máquinas de fabricação digital. Para desenvolver cada ramo, montamos uma equipe e dividimos em laboratórios o modelo da empresa”, afirma Paulo Domingos, um dos integrantes do coletivo.

Agora o grupo busca colaboradores para criar uma rede de contatos e tocar o projeto. A coordenadora do Reviva Campo Grande, Catiana Sabadin achou fantástica a ideia do coletivo. “O Lab começou com essa inspiração de que a sociedade de alguma forma incorporasse a proposta, nós, enquanto poder público, temos toda a vontade de incentivar grupos dessa forma. Nosso objetivo sempre foi deixar uma ‘semente’ para a cidade, incentivar o cidadão a dar continuidade às ações de pertencimento dos espaços públicos onde cada um se sinta parte do desenvolvimento urbano e contribua para seu crescimento”, avalia.

Para a equipe do Lab Campo Grande, “é entusiasmante ver premiada uma iniciativa que buscou inspiração também no Laboratório Urbano Efêmero de CG. Reforçar essas iniciativas que visam a participação pública em temas como o direito aos espaços públicos é uma necessidade atual para qualquer processo de construção de cidade que busca melhorar a relação e a qualidade de vida de seus habitantes”.

O Coletivo Labor estabeleceu uma série de objetivos como: construir, impulsionar e sustentar comunidades de aprendizagem; promover e fomentar a criação de projetos culturais e eventos, de arte, design e psicologia que tragam a discussão ou impactem na luta pelo direito a cidade; experimentar, melhorar e validar metodologias de trabalhos colaborativos em vários níveis de atuação; e abrir espaços de reflexão crítica quanto às tecnologias digitais, e como isso impacta a sociedade e a cultura.

Divulgação

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