Voltar para o mercado de trabalho depois de anos desempregado é o sonho de muitas pessoas. Quando se está longe da terra natal, e não conhece quase ninguém, ou quando a situação já se tornou tão difícil, que foi preciso ir para a rua, o sonho parece ser impossível.
Mas uma ação da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Fundação Social do Trabalho (Funsat), e da Secretaria Municipal de Assistência Social, buscou transformar esta realidade. Nesta semana, o programa Ação Funsat Itinerante esteve nas escolas que foram disponibilizadas para abrigar imigrantes e pessoas em situação de rua, durante a pandemia, com a intenção de incluir essas pessoas em condições vulneráveis no mercado de trabalho. Foram realizados mais de 50 atendimentos nos quatro pontos de abrigo.

José Luiz Flores Echeverria, de 20 anos, foi um dos atendidos. Ele conseguiu duas cartas de encaminhamento de emprego, depois de estar desempregado há meses.
“Sou independente desde os 14 anos, e por causa da pandemia fiquei sem emprego, e com dois aluguéis atrasados. Já trabalhei em lava-jato, promotor de vendas, analista de vendas. Esse projeto chegou em boa hora, não só para mim, como para muitos que estão aqui”, afirmou.
Quem também conseguiu encaminhamento para o mercado de trabalho, e na área de atuação é o Giliarde Mion Santana. Ele conta que faz dois meses e duas semanas que está no abrigo e regularizou a documentação, como: o RG, a Reservista e o CPF.
Voltar para o mercado de trabalho depois de anos desempregado é o sonho de muitas pessoas. Quando se está longe da terra natal, e não conhece quase ninguém, ou quando a situação já se tornou tão difícil, que foi preciso ir para a rua, o sonho parece ser impossível.
“Agora vou conseguir sacar o FGTS. Além disso, já estão me encaminhando para um emprego de repositor de supermercados, que é minha área de serviço. Estou há dois anos desempregado. Antes de vim eu estava na rua, e ai fui informado do acolhimento, por causa da pandemia, e vim para cá. Fui bem atendido.

O pintor Leandro Alves Arcanjo, de 32 anos, conta que ficou sem trabalho com a pandemia e sem ter como pagar o aluguel.
“Eu fui para o CETREMI e encaminhado aqui para o abrigo, agora com meus documentos em mãos e meu cadastro para vaga de emprego, pretendo trabalhar e pagar novamente um lugar para eu morar”, diz.
Responsável temporário do abrigo Plínio Barbosa Martins, Walter Cristado de Oliveira, revela que o projeto é um desafio, tanto para a Funsat, quanto para os abrigados.
“Estamos todos aprendendo aqui. É um desafio pra gente e para eles, o que eles têm aqui dentro, muitos não tiveram a vida toda. A atenção que a gente consegue dar, emissão de documentos e assistência médica”, diz,
Na ação, a Funsat oferece os serviços de cadastro de trabalhadores, encaminhamentos de vagas disponíveis, orientações sobre emissão de carteira de trabalho (CTPS) e habilitação do seguro-desemprego, além de informações sobre os demais serviços ofertados pela Funsat. A Junta de Serviço Militar também está presente realizando atendimento referente aos documentos dos homens a partir dos 18 anos.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura tem disponibilizado as Escolas Municipais como abrigo para isolamento social para evitar que essa população fique doente e transmita o vírus. Essas pessoas estão sendo assistidas por assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, médicos e outros serviços.