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quinta-feira, 28 de março, 2024
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Inteligência artificial é aliada para melhorar cuidados aos pacientes

Primeiros resultados revelam maior eficiência na gestão dos serviços oferecidos na Santa Casa

29/05/2020 16h45
Da redação com informações da Ascom

Implantar metodologias modernas que resultem em maior eficiência para o controle de processos hospitalares é um dos grandes desafios das instituições, principalmente as que prestam serviços ao Poder Público, como a Santa Casa de Campo Grande. Há mais de um ano, o hospital deu início ao alinhamento de dados para permitir a gestão integrada ao Setor de Custos e já começou a registrar os primeiros resultados desse avanço tecnológico implantado em parceria com a Planisa, empresa considerada a maior referência em custos hospitalares do país.

Com o apoio do Núcleo de Segurança do Paciente, Diretoria de Enfermagem e Núcleo de Qualidade e Custos, o hospital realizou uma auditoria interna nos processos em diversas áreas operacionais, o que permitiu gerar planos de ação com resultados positivos, como no caso dos Serviços de Ginecologia e Obstetrícia e Cardiologia. As duas especialidades foram as primeiras a ingressar, no ano passado, no Projeto DRG (Diagnosis Related Groups ou Grupo de Diagnósticos Relacionados). O levantamento revelou que, no período de agosto de 2019 a abril de 2020, houve um aumento da eficiência de 30% no Cardiologia e de 20% na Ginecologia e Obstetrícia.

Todo paciente hospitalizado, de acordo com a complexidade do atendimento, tem as informações classificadas, o que permite comparar resultados, validar procedimentos e fazer previsões. A gestão hospitalar passa a ser melhor organizada e controlada a partir dos relatórios gerados sobre tempo de internação, necessidade preventiva de técnicas terapêuticas ou intervenção cirúrgica, dosagem padrão de medicamentos, entre outros.

O superintendente da Gestão Médico-hospitalar, Luiz Alberto Kanamura, explica que o fato dessa ferramenta possibilitar que informações de bases semelhantes sejam conhecidas em detalhes, o maior ganho é em qualidade assistencial para o paciente. “Como nós estamos propondo uma mudança na assistência, toda ela vinculada e centrada no paciente, assim que ele der entrada na unidade, já teremos mapeado um padrão de atendimento conforme o tipo de diagnóstico. A ferramenta também permite que nós saibamos tanto a probabilidade de tempo de internação como as necessidades desse paciente e, também, possíveis complicações. E ainda, termos conhecimento sobre qual o desfecho que esse paciente deve ter estatisticamente na comparação de dados”.

Atualmente a Santa Casa de Campo Grande segue entre os hospitais filantrópicos que buscam inovar e melhorar as plataformas de gestão de dados, sendo pioneira na qualidade e quantidade de informações. De acordo com o coordenador do Setor de Custos, Bruno Capobianco, a integração de dados permitiu mudanças profundas nos processos de trabalho, que antes poderiam não ser priorizadas por falta de precisão nas informações coletadas sem a ajuda da inteligência artificial.

“Nosso objetivo é abranger todos os profissionais do hospital para acompanhamento e correção dos processos. Com o DRG, garantimos o cuidado centralizado ao paciente, buscando diminuir sua permanência no hospital, a redução das condições adquiridas e reinternações. Agora, em 2020, estaremos ampliando este acompanhamento para as demais especialidades e, em breve, teremos novos indicadores dos avanços alcançados”, comentou.

O grupo responsável pelo DRG apresentou os primeiros resultados para a nova diretoria corporativa da ABCG Santa Casa, representada pela diretora secretária, Drª Alir Terra Lima. “É fantástico esse processo de dados combinados. Vamos evitar desperdícios enquanto melhoramos a qualidade assistencial e o modelo remuneratório da nossa instituição. O domínio das informações é total e nos dá segurança para a tomada de decisões”, destacou a diretora ao conhecer os detalhes do trabalho desenvolvido e o engajamento das equipes.

DRG

O DRG é uma metodologia usada no sistema de saúde em vários países capaz de transformar dados assistenciais e econômicos em informações para melhorar a qualidade dos cuidados com o paciente. Mensura e compara o desempenho – assistencial e econômico – de médicos, equipes, clínicas e hospitais com referenciais internos e externos, que também leva em consideração o perfil epidemiológico do país em questão.

O conceito do DRG promove redução dos desperdícios do sistema de saúde, sustentabilidade econômica e do sistema de saúde, melhoria do desempenho da organização, adoção de modelo remuneratório que alia resultados assistenciais e eficiência, foco na segurança do paciente, avaliação da qualidade dos serviços prestados, controle da sinistralidade, predição de recursos e resultados e uso eficiente do leito hospitalar.

Divulgação

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