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domingo, 5 de maio, 2024
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Isenção no IR: é melhor fazer a declaração simplificada ou completa?

Governo elevou a faixa de isenção do Imposto de Renda

A declaração do Imposto de Renda é o momento de declarar todos os gastos e rendimentos que você teve no ano anterior – um processo um pouco complexo e que deixa as pessoas na dúvida: “devo fazer a declaração do IR simples ou completa”?

Quem precisa declarar o Imposto de Renda deve entender como elas funcionam para saber a mais indicada – um dos fatores que pode afetar essa decisão, entre vários, é a existência ou não de dependentes.

“Para escolher entre a declaração simples ou completa é preciso sempre ter como base as despesas que você vai declarar à Receita”.

Elas impactaram diretamente em quanto você pagará de imposto ou quanto vai restituir. No software da declaração, a Receita te indica qual é a melhor – mas é sempre bom estar preparado.

Por exemplo: no geral, a declaração completa é a mais indicada para quem tem filhos, paga colégio particular, contribui para previdência privada e tem outros gastos dedutíveis. Isso porque esse modelo de declaração permite detalhar todos esses gastos extras, que podem ser restituídos depois.

Entenda mais sobre cada um dos modelos de declaração.

Na declaração simples, a Receita aplica um desconto padrão de 20% sobre todos os rendimentos tributáveis, não importa quais deles podem ser abatidos.

Ou seja, no IR 2024, esse desconto é aplicado aos rendimentos tributáveis de 2023.

Portanto, ela é indicada para os contribuintes cujas despesas dedutíveis (ou seja, gastos que podem ser abatidos do cálculo do IR) forem, juntos, menores que 20% do total de receitas tributáveis; ou cujos rendimentos tributáveis sejam de no máximo R$ 16.754,34.

Por exemplo: se sua renda em 2023 foi de R$ 10 mil, serão deduzidos R$ 2 mil (valor correspondente a 20% de R$ 10 mil) no modelo simplificado. Se suas despesas dedutíveis (gastos com educação, saúde, dependentes…) somarem mais de R$ 2 mil, pode valer mais a pena optar pela declaração completa.

No modelo de declaração completa, todas as possibilidades de abatimento do imposto são consideradas – gastos com educação, saúde, dependentes, contribuição para previdência privada, entre outros. O desconto de imposto poderá ser menor ou maior que 20% e a restituição, maior.

Por isso ela é indicada para quem teve mais gastos dedutíveis no ano.

Se a declaração completa for a ideal para você, fique atento: é necessário guardar os comprovantes das despesas por pelo menos cinco anos. Isso porque, nesse período, a Receita pode chamar os contribuintes para prestar esclarecimentos referentes a alguma dessas despesas.

O próprio programa de declaração do IR sugere qual é o tipo de declaração mais indicado para cada pessoa. De qualquer forma, se você fizer a declaração completa e a mais adequada para você for a simplificada, a Receita vai migrar os dados automaticamente para o modelo simples.

Governo aumenta teto de isenção de IRPF

O governo apresentou uma medida provisória que eleva a isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores que receberam até dois salários mínimos por mês no ano fiscal de 2023. 

“O contribuinte com rendimentos de até R$ 2.824,00 mensais será beneficiado com a isenção porque, dessa renda, subtrai-se o desconto simplificado, de R$ 564,80, resultando em uma base cálculo mensal de R$ 2.259,20, ou seja, exatamente o limite máximo da faixa de alíquota zero da nova tabela”, diz o Ministério da Fazenda.

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