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Isolamento na China evitou 1,4 mi de casos de covid-19, diz estudo

Pesquisa da Universidade de Yale mostrou que as medidas de contenção tomadas na província de Hubei podem ter evitado milhares de mortes

10/04/2020 08h51
Por: R7

Um estudo publicado esta semana por um pesquisador da Universidade de Yale, nos EUA, afirma que as medidas de contenção adotadas pela China no início da pandemia do novo coronavírus, em janeiro, podem ter evitado pelo menos 1,4 milhão de casos e 56 mil mortes por covid-19 e conseguiram controlar a doença.

A pesquisa, liderada pelo professor de Políticas de Saúde Xi Chen, da Escola de Saúde Pública de Yale, criou um modelo de computador que simulou as tendências de transmissão dentro de cidades chinesas e a propagação de uma cidade para outra e estudou os efeitos das medidas de restrição na província de Hubei, onde fica Wuhan, cidade onde a pandemia se iniciou.

Impactos do distanciamento

Os pesquisadores usaram variáveis para simular um possível aumento na transmissão de vírus por conta do clima do país na época. A partir daí, foram analisados os impactos das políticas de distanciamento social e do fechamento de Wuhan e cidades próximas, para evitar a propagação.

Os resultados mostraram que a quarentena restrita, o fechamento das cidades e outras políticas de saúde reduziram a taxa de transmissão do coronavírus. O modelo afirma que a contenção começou a ter efeitos em fevereiro.

A medida mais eficaz, segundo o modelo, foi fechar as cidades, impedindo que o vírus fosse transportado a outras partes da China. O distanciamento social, vigilância sanitária sobre as comunidades e restrições à circulação de pessoas também foram importantes.

A saída de pessoas da região onde começou o surto era o maior risco, afirmam os pesquisadores, mais do que proximidade geográfica e as condições sócioeconômicas da população.

“Os resultados têm implicações importantes para os esforços globais para conter a covid-19”, disse Chen em entrevista à agência chinesa Xinhua. Segundo o professor, o estudo pode ajudar não apenas outros países na atual pandemia, mas também entender medidas que poderão ser usadas contra doenças similares no futuro.

Gerd Altmann, Pixabay

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