Cesare Battisti, condenado pela Justiça da Itália por crime de terrorismo em 1987, recebeu uma nova condenação, dessa vez da 3ª Vara Federal de Campo Grande. O criminoso, que deve cumprir a pena de prisão perpétua, foi enquadrado por tentativa de evasão de divisa em ato ocorrido no ano de 2017, na fronteira entre Corumbá e a Bolívia. Na ocasião, ele tentou entrar no país vizinho transportando 6 mil dólares e também 1,3 mil euros.
O MPF (Ministério Público Federal) denunciou Battisti pelo crime. Conforme o processo, ele saiu de São Paulo no dia 3 de outubro e dormiu em Campo Grande, seguindo no dia seguinte para Corumbá de táxi. No entanto, foi abordado por agentes da Polícia Federal e, na suaversão, disse que estava indo pescar e fazer compras, apesar disso, acabou preso em flagrante.
Pelo ato, o terrorista acabou condenado a um ano, 11 meses e 10 dias de reclusão em regime semiaberto. Nesse meio tempo, ele chegou a se evadir para a Bolívia, mas foi novamente preso, em 2019, e então extraditado para o Brasil, de onde foi enviado para Itália para cumprir a pena de prisão perpétua por crime de terrorismo.
Cesare Battisti foi condenado pela justiça italiana em 1987 por terrorismo pelo suposto envolvimento em quatro homicídios, além de assaltos e outros delitos menores. Ele é considerado terrorista pelo Estado Italiano, embora o delito de terrorismo não seja tipificado na legislação local.
Em razão da extradição ser autorizada apenas mediante decreto, em dezembro de 2009 o então presidente Lula (PT) decidiu pela não extradição de Cesare, que na época estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda. A soltura dele veio por meio de decisão do STF em junho de 2011. Desde então, ele vivia em liberdade no Brasil.