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segunda-feira, 21 de julho, 2025
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Maioria nas redes apoia operação da PF contra Bolsonaro, aponta Quaest

A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), gerou forte repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões. Segundo levantamento da consultoria Quaest, realizado até as 17h desta sexta-feira (18), 59% das menções sobre o caso demonstraram apoio à ação da PF, enquanto 41% defenderam o ex-presidente e criticaram a decisão judicial.

A pesquisa considerou mais de 1,3 milhão de publicações nas principais redes sociais e sites de notícias. O pico de engajamento ocorreu por volta das 10h da manhã, quando o volume de menções ultrapassou 150 mil interações em poucos minutos.

Entre os usuários contrários à operação, termos como “censura” e “ditadura” foram recorrentes, aparecendo em cerca de 10% dos comentários de apoio a Bolsonaro. Em grupos públicos de mensagens alinhados à direita, a crítica ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes dominou o debate. De cada 100 mil mensagens analisadas, 32 mil eram críticas ao Supremo e ao magistrado; 12 mil comentavam sobre o uso da tornozeleira eletrônica por Bolsonaro; e 4 mil citavam críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entenda a operação

A operação da PF foi deflagrada na sexta-feira (18), após decisão do ministro Alexandre de Moraes. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-presidente, inclusive em sua residência, onde foram recolhidos um celular, um pen drive e cerca de US$ 14 mil em espécie.

Além disso, o ministro determinou medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, além da proibição de sair do país e de manter contato com determinadas pessoas, incluindo seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

As medidas foram justificadas pelo risco de fuga e pelo fato de Bolsonaro ser réu em ação penal que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. Ele também é investigado por atentado à soberania nacional.

Em entrevista, Bolsonaro negou qualquer intenção de deixar o Brasil e classificou a decisão como uma “suprema humilhação”.

O debate nas redes mostra que, embora polarizado, a maioria dos internautas vê com bons olhos a atuação da PF e do STF, o que reforça o peso político e social dos desdobramentos judiciais envolvendo o ex-presidente.

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