O Comando-Geral do Corpo de Bombeiros anunciou hoje pela manhã, que mais 100 militares vão ampliar o combate aos incêndios florestais no Pantanal de Corumbá. Nesta quarta-feira (22), a equipe de Campo Grande foi remanejada pelo Comando da Corporação, para somar forças no controle das chamas que atingem a vegetação do bioma. A tropa deve chegar à cidade por volta das 15h. Os militares vão reforçar o trabalho já realizado por 185 bombeiros.
O coronel Waldemir Moreira Júnior, assessor bombeiro militar da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), disse também que duas aeronaves foram enviadas à região. Ele detalhou que os combatentes vão atuar em locais de difícil acesso, como a Fazenda Jatobazinho, na Serra do Amolar.
“Onde só se chega de barco, avião ou helicóptero. O trabalho também será realizado nas regiões do Paiaguás, Jatobá, Porto da Manga e Nabileque, conforme planejamento da Operação Hefesto, que teve início em junho deste ano e já é considerada das maiores forças-tarefas de combate e prevenção aos incêndios florestais no Pantanal”, explicou o cel.
Conforme Moreira, o mês de setembro tem se apresentado como o mais crítico em relação às ocorrências no Pantanal. “Estamos no final da temporada de seca, com ventos quentes que aumentam a velocidade da propagação dos incêndios. Nesses locais, as temperaturas variam entre 45ºC e 50ºC. Isso tudo faz o fogo se propagar rápido. Isso por causa das condições climáticas. Mas, apesar do menor número de indicadores de focos de calor, estamos trabalhando mais”, explicou.
Relatório divulgado na terça-feira (21) pela Corporação aponta que o número de focos de calor no Pantanal de janeiro a setembro de 2021 (3.150) é menor do que em 2019 (-30,89%) e em 2020 (-42,64%), no mesmo período, apesar das condições climáticas terem se agravado. Em relação à área queimada, a extensão destruída até o momento (778 mil hectares) também é inferior a 2019 (801 mil hectares) e 2020 (956 mil hectares) – 0,60% e 16,69%, respectivamente.
Desde 1º de junho, quando teve início a Operação Hefesto, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul já empregou 530 homens, 928 materiais e 94 viaturas nos combates às chamas no bioma. O trabalho é realizado com apoio da Marinha, Exército, Imasul, Defesa Civil, Polícia Civil, Polícia Militar Ambiental e prefeituras.