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domingo, 23 de março, 2025
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Mais um indígena é ferido a tiro em área de conflito em cidade de MS

A tensão entre indígenas e produtores rurais em área de conflito na cidade de Douradina se mantém, mesmo com a presença da Força Nacional. Na sexta-feira (19) mais um indígena foi ferido a tiros, de raspão, sendo o segundo caso da semana, de acordo com advogado do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Anderson Santos.

No começo do conflito, ocorrido na última segunda-feira (15), um indígena de 43 anos levou um tiro na perna e socorrido pelos próprios companheiros até o Hospital da Vida, em Dourados.

Neste sábado (20), fazendeiros teriam montado um paredão formado com cerca de 20 veículos para intimidar a comunidade, ficando os policiais entre os produtores rurais e indígenas. No local estão cerca de 100 indígenas.

“As cinco retomadas da região de Douradina circunscritas à Terra Indígena Lagoa Rica Panambi continuam sendo acossadas por capangas armados desde a manhã deste sábado. Em campo aberto, quase uma dezena de caminhonetes se posicionaram com homens nas caçambas, que rapidamente se espalharam em um perímetro ofensivo ao grupo guarani kaiowá”, diz nota do Cimi.

O coordenador do Cimi, Matias Benno, informou que “os fazendeiros armaram estratégia de guerra e a Força Nacional não tem como segurar a situação”.

No local, há informações que haviam duas viaturas da Força Nacional.

Em Caarapó, na manhã deste sábado, duas áreas retomadas na Terra Indígena Dourados Amambai Peguá I passaram a ser sobrevoadas por drones e cercadas por caminhonetes.

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) esteve ontem pelo local de conflito, em Douradina, onde gravou vídeo, que diz que há uma reunião agendada na próxima segunda-feira (22) no Ministério Público Federal (MPF) de Dourados para tentar dar fim ao conflito.

O conflito ocorre em razão de parte da Terra Indígena Panambi – Lagoa Rica, em Douradina, que está demarcada desde 2011, sendo delimitada em 12,1 mil hectares, mas o processo de demarcação está parado.

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