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sábado, 12 de julho, 2025
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“Manutenção da Selic em 13,75% prejudica sobrevivência das empresas brasileiras”, avalia presidente da Fiems

O presidente Luís Inácio Lula da Silva, vem desde o inicio do governo, criticando e levantando a bandeira da redução dos juros estratosférico no Brasil, bem como faz a atuação do governo federal a melhorar e atingiu bons índices econômicos neste seis meses de nova gestão. Lula veio ganhando adeptos da reivindicação, mostrou e convenceu a praticamente toda sociedade, empresariado, setor produtivo, ou que todos viram e sentem ‘na pele’ o mal que causa os juros altíssimo no Brasil, maior do Mundo. Mas, os únicos que parecem não concordar e não fazem nada, são o gestor e oito membros do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC).

O BC, autônomo, criado em 2021, absurdamente, não pode sofrer mudanças, em seus membros e presidente, que tem mandatos, mesmo que não cumpram objetivos do Copom, e estejam no fim, prejudicando a economia do País. A maior autoridade do País, o presidente da República, que em tese, até se tornou menor que o presidente do Comitê, atual Roberto Campos, acaba agora, somente tendo que lutar para ‘mudança’ de atitude e avaliações do gestor da Política Monetária.

Assim, como Lula, a sociedade vem se mobilizando para haver mudanças, como o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgio Longen, que foi enfático ao criticar a decisão do Copom do BC, nesta quarta-feira (21), de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde agosto de 2022.

Para o líder industrial, a permanência da taxa de juros resultará em custos adicionais desnecessários ao país, dificultando ainda mais a manutenção e recuperação da atividade econômica nos próximos semestres, inibindo investimentos e reduzindo o potencial de crescimento. “O que preocupa não é a decisão pura e simples do Copom, mas a situação das empresas, que não estão mais conseguindo pagar os juros nesses patamares, que se encontram muito acima do nível que é compreendido como neutro. Vemos um grande esforço nacional para conter a inflação, redução dos preços de combustíveis e de diversas matérias-primas, mas a taxa de juros permanece elevada”, afirmou Longen.  

Empresas devem por causa dos juros

De acordo com o presidente da Fiems, a manutenção da Selic faz com que as empresas acabem ficando inadimplentes. “É o mesmo que manter a pessoa que está se afogando embaixo da água, que é como está a maioria das empresas hoje, praticamente reféns da decisão técnica de meia dúzia de pessoas”, enfatizou Logen.

Conforme o representante das indústrias de MS, também ressaltou, a Selic se encontra muito acima daquele nível que é compreendido como neutro, ou seja, do patamar em que promove o controle da inflação, mas sem desestimular o crescimento da economia.

“Tanto é verdade, que a taxa de juros real, ou seja, descontando a inflação, segue muito próxima de inaceitáveis 10% ao ano. No momento, isso faz com que o Brasil tenha a maior taxa de juros reais do mundo. Por essa razão, entendemos que permanência da Selic no atual patamar é desnecessária para o controle da inflação, trazendo problemas adicionais à economia, com a elevação dos custos para o financiamento das atividades produtivas, restringindo a produção e o consumo”, finalizou Logen.

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