O jogo entre Palmeiras e Al Ahly, válido pelo Mundial de Clubes, foi interrompido aos 17 minutos do segundo tempo devido ao mau tempo em Nova Jersey. Na ocasião, o time brasileiro vencia por 2 a 0 quando a paralisação aconteceu.
A decisão causou estranhamento entre os brasileiros, acostumados a partidas realizadas mesmo sob forte chuva, com adiamentos ocorrendo geralmente apenas quando o gramado fica impraticável. Nos Estados Unidos, país-sede do torneio, a interrupção e o adiamento por condições climáticas são procedimentos comuns, seguindo o protocolo do Serviço Nacional de Meteorologia americano.
Durante o Mundial, outras partidas também foram afetadas pelas condições meteorológicas: na primeira rodada do Grupo H, o duelo entre Pachuca e Red Bull Salzburg, em Cincinnati, foi paralisado por 1h40 após um alerta climático; já a partida entre Mamelodi Sundowns e Ulsan, em Orlando, começou com uma hora de atraso, ambos motivados por questões de segurança relacionadas ao clima.
O protocolo da Fifa, baseado nas recomendações do serviço meteorológico dos EUA, inclui um “plano de segurança contra raios” que deve ser rigorosamente cumprido para garantir a integridade de atletas, árbitros e público. O documento destaca que autoridades esportivas ao ar livre precisam compreender a gravidade das tempestades e dos raios para tomar decisões conscientes, evitando riscos desnecessários.
O serviço americano estabelece diretrizes claras para as decisões de interrupção, localização segura para o público, retomada das atividades, monitoramento climático e procedimentos emergenciais em caso de acidente por raio. Organizador do evento deve consultar constantemente as previsões e utilizar tecnologias como radar meteorológico e sistemas de detecção de raios.
Segundo o protocolo, o jogo deve ser suspenso imediatamente quando trovões forem ouvidos, o que indica a proximidade da tempestade (menos de 16 km do local). O texto alerta que não existe local seguro ao ar livre durante uma tempestade e recomenda que as atividades só sejam retomadas após pelo menos 30 minutos do último trovão.
Essa rigorosa política de segurança é uma das razões pelas quais jogos do Mundial de Clubes realizados nos EUA apresentam paralisações frequentes em comparação ao que é habitual no Brasil, refletindo a prioridade dada à proteção da vida dos envolvidos.