08/08/2014 12h08
MC Bandida, cantora de funk e candidata, pode sair da campanha
Ela foi impedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) de usar a alcunha profissional na urna eletrônica de votação
Correio Braziliense
Uma das candidatas mais inusitadas na disputa a um mandato na Câmara Legislativa, a artista de funk MC Bandida foi impedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) de usar a alcunha profissional na urna eletrônica de votação. Nascida Valéria Maria de Santana, Bandida pretende recorrer da decisão, que apontou, também, para a ausência de certidões criminais de 1ª e 2ª instâncias da Justiça do DF. A candidata foi notificada sobre o assunto na manhã de ontem e, à tarde, esteve no tribunal acompanhado do advogado para tentar resolver o impasse.
O pedido do registro de candidatura de MC Bandida foi aprovado pelo TRE-DF no fim do mês passado, mas, depois de liberado, o documento chegou ao núcleo de apoio aos desembargadores eleitorais. Lá, a secretaria judiciária apontou para a existência das irregularidades e sugeriu a intimação da candidata para tratar do tema. A desembargadora Maria de Fátima Rafael de Aguiar consignou o entendimento. “Embora a requerente seja cantora e compositora e apresente-se como MC Bandida, é de se atentar para o artigo 30 da resolução 23.405/2014”, destacou.
Pela norma, os candidatos podem indicar apelidos ou nomes pelos quais são mais conhecidos para serem utilizados nas urnas eletrônicas, “desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente”. Bandida tem três dias, a contar da intimação, para atender à Justiça. Ela lamentou a decisão. “Se o Tiririca pode usar o nome artístico dele, por que eu não posso?”, questionou. Ela também teme que a troca de nome interfira na campanha, mas admite que poderá usar o nome de batismo em último caso. “Todos me conhecem como MC Bandida, e o material de campanha está em cima disso, mas não vou desistir da eleição”, disse.
