A setor de construção civil de Dourados praticamente não foi afetado pela pandemia. Em meio às restrições a abertura de lojas e do comércio devido a pandemia da covid-19, canteiros de obras continuam a funcionar com a adoção de medidas de higienização e segurança como uso de máscaras, álcool em gel e outras medidas preventivas, as contratações continuam e o setor, segundo a opinião tanto o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais para Construção, Claudio Gaiofato, como da presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Aline Chaves Ferle, “Aquecido”. “A pandemia restringiu algumas coisas que acabou aquecendo a construção, como por exemplo a diminuição viagens, eventos e outros”, ponderou o presidente da ACOMAC. “Com as pessoas ficando mais em casa elas optaram por investir mais em seu lar, conforto e até reformas necessárias que as vezes estavam para uma programação futura’, acrescentou.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil foi no mesmo diapasão. “Nós não paramos e está até havendo casos de falta de mão de obra qualificada para algumas atividades. Estamos constantemente nos canteiros de obras e as medidas de biossegurança, como uso de máscaras, de álcool gel e aferição de temperatura, vem sendo cumpridas, inclusive com algumas empresas construindo mais refeitórios para possibilitar o distanciamento”, afirmou a dirigente sindical, para quem essas medidas tem possibilitado o crescimento do setor, que deve crescer ainda mais com a esperada retomada de obras púbicas paralisadas.
Os números nacionais refletem o bom momento da construção civil em Dourados. Em um ano onde o desemprego bateu recorde, o setor conseguiu se destacar como o que mais criou vagas de trabalho. Foi considerado atividade essencial pelo governo federal logo no início da pandemia, status que o blindou de medidas de isolamento social impostas para outros segmentos. O aumento das vendas em meio à crise sanitária e econômica comprovaram que a proteção foi benéfica paras empresas e para os trabalhadores.
Como ressaltou o presidente da ACOMAC, as restrições na mobilidade para evitar a disseminação da pandemia também foram fundamentais. Com mais tempo dentro de casa, as pessoas se deram conta da necessidade e da importância do conforto do lar. A poupança forçada pela impossibilidade de gastar em viagens, serviços, entre outras coisas, também ajudou o setor. Em Dourados, outro fator impulsionou a atividade: a expansão do perímetro urbano, com a criação de dezenas de novos bairros. Como resultado dessa medida, o que se vê é a alta circulação de caminhões de entrega de matérias de construção nesses bairros.
Fonte: Rozembergue Marques