A dona de uma pousada às margens do lago da usina hidroelétrica Sérgio Motta, em Bataguassu, foi multada em R$ 1 mil nesta segunda-feira (20) por se beneficiar da pesca predatória de peixes durante o período da piracema, quando a atividade é proibida para garantir a reprodução das espécies.
De acordo com a Polícia Militar Ambiental (PMA), uma equipe fazia o patrulhamento do Rio Paraná quando, no lago da usina, avistou pescadores em frente à pousada.
Ao se aproximar, os dois homens levaram caixas térmicas para dentro da pousada, o que levantou a suspeita para alguma irregularidade, especialmente de pesca predatória.
No meio da vegetação onde a dupla estava foram encontradas várias cabeças de traíra (peixe nativo) e de peixes exóticos. Na pousada, a equipe foi recebida pela proprietária, de 37 anos.
Ela confessou que havia contratado pescadores profissionais de Presidente Epitácio (SP) para pescarem para ela e recusou identificá-los, assumindo o crime e a infração administrativa.
De acordo com a PMA, todo o pescado encontrado no local, que já estava beneficiado em filé e as cabeças, inclusive uma traíra inteira, pesando ao todo 20 kg, foram apreendidos.
A proprietária da pousada responderá por crime ambiental de beneficiamento de produto da pesca predatória. Se condenada pelo crime, poderá pegar pena de um a três anos de detenção. O pescado será doado para instituições depois de periciado.
Ainda conforme explicou a PMA, nos lagos das usinas do rio Paraná pode-se pescar durante o período de defeso peixes exóticos e não nativos da bacia, sendo permitido o abate de 10 kg mais um exemplar para pescador amador e sem limite de cota ao pescador profissional.