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quinta-feira, 18 de setembro, 2025
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Modernização da logística de MS requer R$ 50 bilhões em investimentos

A logística de Mato Grosso do Sul vai demandar investimentos de quase R$ 50 bilhões nos próximos 15 anos para a sua modernização e alavancagem, segundo estimativa da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do Governo Federal, apresentada nesta terça-feira (26) no Seminário de Estudo de Diagnóstico Logístico de Mato Grosso do Sul, realizado no auditório do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

De acordo com o estudo, para trazer mais competividade e escoamento aos modais, seriam necessários mais de R$ 18,1 bilhões de recursos direcionados às rodovias, R$ 30,4 bilhões em ferrovias, R$ 1 bilhão na hidrovia e R$ 82 milhões em aeroportos regionais. “O Estudo tem como principal objetivo identificar e propor, com base nas informações de infraestrutura de transportes, soluções que propiciem condições capazes de incentivar a redução dos custos, melhorar o nível de serviço para os usuários, buscar eficiência da matriz, aumentar a eficiência dos modos utilizados para a movimentação das cargas e diminuir a emissão de poluentes”, comentou o secretário de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agriculutra Familiar (Semagro), Jaime Verruck.

O trabalho considera a implementação de todos os projetos, do corredor rodoviário bioceânico, das autorizações de ferrovias, da Malha Oeste e do crescimento de demanda alto, com o transporte de celulose e novas indústrias. De acordo o assessor do observatório da EPL, Cícero Rodrigues de Melo Filho, a ideia com o estudo era buscar capturar os efeitos da implantação de todas as infraestruturas propostas mais um crescimento significativo da produção.

“O trabalho desenvolvido pela EPL teve como objetivo a construção de um diagnóstico socioeconômico do Estado, considerando oportunidades de investimentos em infraestrutura de transportes que propiciarão desenvolvimento regional e integração com estados e países vizinhos, como o Corredor Bioceânico que permitirá redução de custos logísticos e ganho de eficiência com a saída para o Pacífico”, destacou o assessor.

As análises foram compostas por estudos no comportamento da demanda em relação aos custos logísticos, e não apenas os custos de transportes, mas abrangendo toda a eficiência do sistema, tributação e dentre outros atributos que impactam na eficiência da infraestrutura em análise. “Nesse sentido, um planejamento bem fundamentado é essencial para que se conheça o posicionamento atual do Estado e até onde as ações poderão produzir desenvolvimento social e econômico”, frisou.

O assessor destacou que no que tange ao Corredor Bioceânico, a sua execução abrirá uma nova rota do escoamento de produtos direcionados ao comércio exterior, principalmente para os países asiáticos e demais países sul- americanos próximos. Essa rota ainda possui o potencial de estabelecer uma rota turística, multiplicando ainda mais o seu impacto nas esferas sociais e econômicas do Estado”, salientou o secretário.

Atualizável

O Diagnóstico Logístico possui mais de 800 páginas e proporcionou emprego de técnicas modernas existentes, como a utilização de dados da Nota Fiscal Eletrônica (NFe) estadual, para a análise de demanda do sistema logístico, algo que reduzirá drasticamente os custos com planejamento. “É um banco de dados atualizável, pode continuar recebendo informações a partir das notas fiscais de quando isso que se torna uma ferramenta estratégica para o Governo do Estado. Este foi o objetivo quando nós fizemos o levantamento de dados. A ideia era que a EPL apresentasse uma ferramenta que não perdesse valor no ano que vem. Então ela é uma base de dados que nós podemos atualizar permanentemente”, assegurou.

O estudo vai propiciar ainda um novo olhar para os modais. “Vamos poder conferir se as rodovias estão tendo a mesma pressão. Se novos eixos começaram a ser utilizados. Então, toda vez que aparecer um novo projeto, esse modelo permite que façamos a atualização permanente. Então, é uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento, para a Secretaria de Infraestrutura que vai fazer o seu trabalho e também para nossa empresa de parcerias públicas privadas para olhar quais são as concessões. E o que pode ser feito para a viabilização das novas concessões”, avaliou o secretário.

Além disso, Verruck afirma que o trabalho tem potencial de gerar benefícios a longo prazo. “Os efeitos perpassarão gerações e trarão resultados que marcarão o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul. Reforçando o Estado como um grande polo logístico nacional, com acessos ao Pacífico (via corredor Bioceânico) e ao Atlântico (ferrovia malha oeste para Santos e a Ferroeste para Paranaguá)”, concluiu.

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