Movimentos sociais e estudantis realizam neste sábado (19), manifestações contra o Governo Bolsonaro em todo o Brasil. Em Mato Grosso do Sul, estão previstos atos em oito cidades.
Na Capital, o protesto começa a partir das 9 horas, na Praça do Rádio Clube. O ato é em defesa da educação pública, em favor da vacina contra a covid-19, auxílio emergencial de R$ 600 e pelo impeachment de Bolsonaro.
“Já são 457 atos marcados, com ampla adesão de todos os segmentos sociais à convocatória desse dia de luta. Em MS, oito cidades organizam manifestações. Respeite as medidas de segurança sanitária (máscara, álcool gel e distanciamento)”, consta no ato de mobilização.
Nas demais cidades, os atos acontecem nos sguintes locais:
- Bonito – Praça da Liberdade às 16h
- Corumbá – Concentração na Frei Mariano com a Dom Aquino às 8h30
- Coxim – Antiga Praça da Concha às 15h
- Dourados – Praça Antônio João às 9h30
- Nova Andradina – Praça do Museu às 9h
- Três Lagoas – Praça do Relógio às 9h
- Itaquiraí – Trevo BR-163 às 9h
De acordo com as entidades estudantis, UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduados), os estudantes e a sociedade vão as ruas contra os cortes no orçamento da educação em 2021, e a iminência de fechamento de universidades e institutos federais que estão sem verbas para atravessar o ano, cortes de bolsas de pesquisa. Além disso, a negligência diante da pandemia, na vacinação, o que tem causado um genocídio dos brasileiros, intensificou a necessidade de ir às ruas.
“Ao mobilizarmos manifestações nas ruas não significa que abandonamos as recomendações da Ciência, mas o fato é que se esse governo segue, mais vidas estão em risco e há ainda a intensificação da crise social, da fome e miséria, da qual ele não apresenta qualquer solução, ao contrário promove cortes“, explica Iago, presidente da UNE.
Ele acrescenta ainda: “Esse é o pior governo na condução da pandemia. Em vez de investir em pesquisas, corta orçamento das universidades, o que impacta as pesquisas em andamento, inclusive as de vacinas e o atendimento nos Hospitais Universitários. É inaceitável.”
Para Rozana Barroso, presidente da UBES, a decisão de tomar às ruas é a via necessária para garantir o futuro de toda uma geração: “O que significa ter universidades fechando as portas, ameaças de não acontecer o ENEM, falta de acesso à internet, o aumento crescente de pessoas sem ter o que comer, desemprego e nenhuma resposta do governo, apenas descaso, deboche diante da perda de vidas e mais negligência. Queremos saídas para a crise, orçamento para a educação e aceleração da vacinação“, diz a presidente da entidade secundarista.
Os cortes orçamentários da pesquisa e a possibilidade de milhares de pesquisadores não receberem suas bolsas, mobilizaram também os pós-graduandos para às ruas no dia 29. “São residentes, mestrandos e doutorandos sem possibilidade de dar continuidade às suas pesquisas, já que segundo o próprio MEC, todos os 92.377 bolsistas ‘Não poderão ser pagos’ a partir de novembro. Com o governo Bolsonaro qualquer possibilidade de desenvolvimento, de combate à pandemia fica cada dia mais ameaçado“, argumenta a presidente da ANPG, Flávia Calé.