29.8 C
Campo Grande
domingo, 25 de maio, 2025
spot_img

Mulher morre após ser espancada durante quatro dias seguidos em MS

Graciane de Sousa Silva, de 34 anos, morreu na manhã deste domingo (25) no Hospital Regional de Nova Andradina, após ser brutalmente agredida durante quatro dias seguidos na cidade de Angélica. Ela é a 12ª vítima de feminicídio registrada em Mato Grosso do Sul apenas em 2025.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, Graciane convivia há aproximadamente sete anos com o companheiro, apontado como suspeito do crime. Entre os dias 17 e 20 de maio, ela foi violentamente agredida e precisou ser socorrida no dia 21, inicialmente em Angélica, e depois transferida em estado grave para o Hospital Regional de Nova Andradina.

Foi a própria vítima quem denunciou as agressões. Ela relatou à equipe médica da Associação Beneficente de Angélica que estava sendo espancada há dias. Disse também que sofreu chutes na barriga, nos ombros e nas costas, sendo resgatada pelo proprietário da casa onde morava de aluguel com o agressor.

O autor se apresentou espontaneamente à polícia no dia 22 de maio, mas negou qualquer envolvimento nas agressões. “Estou aguardando o laudo necroscópico e determinei a realização de diligências para o cabal esclarecimento do caso”, afirmou o delegado Diego Henrique, responsável pela investigação. A Polícia Civil solicitou ainda neste domingo a prisão temporária do suspeito.

Feminicídios em Mato Grosso do Sul em 2025

Com a morte de Graciane, Mato Grosso do Sul chega ao 12º caso de feminicídio em 2025, de acordo com o painel estatístico da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

O ano começou com o assassinato de Karina Corin, de 29 anos, morta a tiros pelo ex-companheiro em fevereiro. Na sequência, Vanessa Ricarte, de 42, foi esfaqueada por um homem com histórico de violência. Também foram vítimas Juliana Domingues, morta a golpes de foice; Mirieli Santos, assassinada a tiros; e Emiliana Mendes, que morreu após ser esganada.

Outros casos que chocaram o estado foram os de Giseli Cristina Oliskowiski, encontrada carbonizada em um poço; Ivone Barbosa, morta a facadas na nuca; Thácia Paula Ramos, cujo corpo foi localizado no Rio Aporé; Simone da Silva, assassinada a tiros na frente dos filhos; e Olizandra Vera Cano, esfaqueada no pescoço durante uma discussão.

O aumento dos casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul acende um alerta para as autoridades e reforça a necessidade de políticas públicas eficazes de combate à violência doméstica e proteção às mulheres.

O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Angélica.

Fale com a Redação