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quinta-feira, 28 de março, 2024
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‘No escuro’, Prefeitura diz que vai iniciar vacinação na quarta-feira (20)

Nesta sexta-feira (15), a vice-prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes informou que a vacinação contra a covid-19 deve começar na próxima quarta-feira (20), em Campo Grande, que é considerada epicentro da doença no Estado. Contudo, ela diz que a administração municipal “está no escuro”, já que Ministério da Saúde não informou quantas doses da vacina serão enviadas à Capital e nem quais as diretrizes para a aplicação do imunizante.

Inicialmente espera-se a imunização de 170 mil pessoas, que fazem parte dos grupos considerados prioritários – profissionais da saúde, segurança e educação, além de idosos.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) tinha planejado uma logística em cima das 347 mil doses da CoronaVac que seriam compradas do Instituto Butantan. Porém a compra foi cancelada, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, informou ontem (14) que todos os acordos com os municípios brasileiros estão cancelados.  

A Coronavac será entregue ao Ministério da Saúde, assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da vacina.

“Apesar disso, nós temos um pano preliminar, que ainda não está pronto porque não sabemos a quantidade de doses que vem e isso é importante para terminar”, diz o chefe da Sesau José Mauro Filho.

Também ontem (14), o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, reuniu-se por videoconferência com prefeitos e secretários de saúde. Adriane Lopes representou Campo Grande, mas, após a reunião nada mudou.

A vice-prefeita não está tão otimista. “Estávamos numa expectativa muito grande para que o governo federal desse uma reposta. Sabíamos que esta primeira etapa seria limitada, mas o governo não repassou quantas doses vão ser. Estamos no escuro até o governo federal decidir”.

“A prefeitura está com equipes preparadas e insumos disponíveis. Só aguardamos a chegada da vacina”, disse sem saber qual a quantidade que será destinada a Campo Grande.

O Ministério da Saúde prometeu que 8 milhões de doses, sendo 2 milhões da AstraZeneca e 6 milhões do imunizante fabricado pelo laboratório chinês Sinovac em parceira com o Instituto Butantan, que serão distribuídas em todo o País na próxima semana, mas não informou para onde as vacinas serão enviadas primeiro, nem quais as quantidades e nem quais os critérios serão usados para escolher quem será vacinado primeiro.

“Há necessidade da informação da quantidade de doses que cada município vai receber. Na terça-feira [19 de janeiro], uma portaria deve ser publicada [pelo governo federal] sobre o público prioritário”, explica José Mauro.

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