25/11/2014 14h00
O fim da pílula? Conheça o método que está dando o que falar
Vogue
Virou polêmica entre grupo de amigas quando uma delas anunciou que não estava planejando filhos, mas que havia parado de tomar pílula ou usar outro anticoncepcional. Antes de começar a sabatina, se explicou que estava experimentando um método de planejamento familiar chamado Creighton Model System, uma evolução da famosa tabelinha que nossas mães usavam antes da disseminação da pílula.
A chave do “novo” método é ensinar a mulher a conhecer seu próprio corpo para evitar ou tentar engravidar. Como? Observando as secreções vaginais toda vez que você vai ao banheiro e fazendo anotações numa planilha própria para perceber certos padrões que um ciclo menstrual tem. A ideia é identificar o tipo do muco que aparece no ápice da fertilidade e, assim, planejar quando você deve ou não ter relações sexuais.
“Utilizo um dicionário de imagens para ensinar as diferentes características do muco à mulher ou ao casal e, caso identifique algum distúrbio no ciclo menstrual, os encaminho para um ginecologista que vai utilizar as informações da planilha e ajudar no diagnóstico e tratamentos”, explica Bianca Bagatim, instrutora do sistema em São Paulo.
Outra particularidade do método é que deve ser feito com acompanhamento (através de nove encontros durante um ano) com um instrutor – que não é necessariamente médico, mas que deve ter passado por um processo de aprendizagem na sede do Creighton Model, em Omaha, nos Estados Unidos, onde foi criado.
O método visa corrigir o ciclo menstrual e fazer o organismo voltar a funcionar como antigamente, sem interferências de hormônios. “Ele monitora e avalia a saúde ginecológica e procriativa da mulher. É cientificamente comprovado como confiável, não tem efeitos colaterais, segue o mesmo padrão no mundo todo e promove a cooperação entre o casal”, e numera Carolina Delage, ginecologista responsável por difundir o método no Brasil desde o ano passado.
