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terça-feira, 23 de abril, 2024
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OMS pede que Brasil leve pandemia a sério: ‘quadro muito preocupante’

Diretor-geral da entidade citou estatísticas que mostraram que o volume de óbitos por semana subiu de pouco mais de 2 mil, em novembro, para cerca de 8 mil agora no País

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, que tem registrado acentuado avanço nos números de casos e mortes pela doença nos últimos dias. Em coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, caracterizou o quadro no País como “muito, muito preocupante”.

Tedros citou estatísticas que mostraram que o volume de óbitos por semana subiu de pouco mais de 2 mil, em novembro, para cerca de 8 mil agora. Segundo ele, no início deste ano, enquanto vários países registravam arrefecimento da epidemia, a maior economia latino-americana ia na direção contrária. “Brasil precisa levar isso muito a sério”, advertiu. 

O líder da OMS exortou os brasileiros a seguirem as diretrizes públicas de distanciamento social. “Sem fazer coisas para impactar a transmissão ou suprimir o vírus, não acho que seremos capazes de ter a tendência de declínio no Brasil”, destacou, acrescentando que, se o País não for “sério” na resposta à crise, continuará afetando também os vizinhos na América do Sul. 

Na mesma linha, o diretor de emergências da Organização, Michael Ryan, ressaltou que este não é o momento ideal para relaxar as políticas de redução da mobilidade. Ele afirmou que o avanço da covid-19 acontece em escala nacional, “de Norte a Sul”, mas classificou especificamente a curva epidêmica em Manaus e Amazonas como “difícil”. 

De acordo com Ryan, “não há dúvidas” de que uma parte desses novos casos ocorre por reinfecção, dada a incidência de cepas mais transmissíveis. “Brasil é um país complexo e cada município está trabalhando duro”, disse.  

Epidemiologista responsável pela resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove também atribuiu o aumento de casos no País às novas mutações, sobretudo a identificada em Manaus.

Fonte: Estadão Conteúdo

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