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sábado, 20 de abril, 2024
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Pesquisa da Abrasel mostra dificuldade de sobrevivência do setor

A Abrasel realizou uma pesquisa em âmbito nacional, incluindo estabelecimentos de Mato Grosso do Sul, para avaliar a situação de bares e restaurantes, durante a pandemia. O resultado mostra que quatro em cada cinco empresas do setor estão vivenciando as restrições implementadas pelos governos estaduais e municipais. Além disso, a maioria das empresas está com pagamentos atrasados e trabalha no prejuízo.

Realizada no fim de fevereiro, a pesquisa nacional da Abrasel obteve 1500 respostas, de todos os estados. Entre as entrevistas, 80% das empresas afirmaram estar trabalhando sob restrições dos governos municipais e estaduais, o que significa um crescimento de 11%, em relação ao último levantamento, realizado em janeiro.

A pesquisa também apontou que à espera de ajuda, diariamente, a situação financeira dos bares e restaurantes está se agravando. E, com as novas restrições por todo o país, as empresas se veem emparedadas, perdendo o faturamento e vendo as dívidas se acumularem.

De acordo com o resultado, 60% das empresas disseram estar operando com prejuízo, sendo que em estados como São Paulo esse percentual cresce para 72%. Além disso, outros 60% informaram que estão com pagamentos de débitos como impostos, aluguéis e fornecedores, em atraso, um aumento de 3%, se comparado com a pesquisa anterior.

Para o presidente da Abrasel MS, Juliano Wertheimer, a pesquisa mostra a urgência em ações que tirem os bares e restaurantes dessa situação. “As medidas restritivas impostas estão pesadas para o nosso segmento. Temos seguido rigorosamente todas as regras, mas estamos há muito tempo trabalhando em nosso limite, tentando pagar as contas”.

Juliano ressaltou que a pesquisa nacional realizada pela Abrasel mostra uma drástica perda de receita. “A receita caiu de modo acentuado. E, como a maioria teve que fazer novos empréstimos durante a crise, a pressão tem aumentado”. E acrescentou: “Por outro lado, temos os custos com mercadorias, que subiram aproximadamente 20% no ano passado, mas não houve possibilidade de repassar para os cardápios, pelo risco de perder ainda mais a receita”.

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