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sexta-feira, 19 de abril, 2024
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‘Pessoas que espalham fake news são desumanas’, dizem leitores de série

“Pessoas que espalham fake news são desumanas”. “É pela observação dos limites alheios que podemos (ou não) ver os nossos próprios”. “Essa história é a mesma do que aconteceu com meu pai”. “As fake news e o fanatismo facilitaram o ataque da Covid”. Esses são comentários feitos por leitores que acompanharam nesta semana a série especial do g1 ‘Vítimas do negacionismo’.

O portal G1 publicou quatro histórias de pessoas que sofreram na pele as consequências das fake news durante a pandemia.

Muitos leitores mostraram indignação com a disseminação de mensagens falsas durante a pandemia. Outros se identificaram com os relatos e se solidarizaram com a dor das famílias. Veja uma seleção de comentários feitos nas reportagens:

Marcio Arruda Oliveira:

“Pra mim tem que punir todos que espalham fake news. Se não conseguir punir todos, pelos menos alguns de maneira exemplar, pois muitos ganham dinheiro para espalhar fake news, que desta vez levaram a consequências sérias, com a perda de vidas e medo. As pessoas que fazem isso são pessoas desumanas.”

Rosana de Oliveira Mateus:

“Qualquer fake é prejudicial, principalmente durante uma pandemia. Neste caso, é crime.”

Marcelo Martins dos Santos:

“Hipocrisia é o mal de muitos brasileiros. E a ignorância uma outra leva… Pandemia e doenças em massa sempre existiram e com o tempo foram contidas. Assim foi com o sarampo, a catapora, a febre amarela, a tuberculose, entre outras… Em pleno 2021 uns preferem ser mais sábios do que os próprios médicos que estudam anos e mesmo assim não têm a cura exata.”

Marcio Martins:

“Os tiozões do WhatsApp são os alvos prediletos dos negacionistas. Porque eles reproduzem as mentiras diárias entre os amigos. Então, sempre tem alguma coisa da China, de remédio mágico, de vacina que não faz nenhum efeito. Enfim, as mentiras são as mais variadas e os tiozões as reproduzem e falam com autoridade para os seus amigos e familiares.”

Tbone:

“Meus sentimentos aos familiares. Essa senhora [Maria das Graças] nos deixa perplexos. É pela observação dos limites alheios que podemos (ou não) ver os nossos próprios.”

Ana Carolina Polotto de Felice:

“Essa história [da Maria das Graças] é a mesma do que aconteceu com meu pai. Infelizmente. E foi muito duro ver familiares no velório dele dizendo que não iriam tomar vacina, que era um absurdo o caixão dele lacrado, que Covid não mata. Ou ainda outro me mandando mensagem, dias depois da morte, sofrendo muito por tudo que aconteceu com minha mãe também, dizendo que não foi negacionismo do político X que matou meu pai, mas sim o político Y que queria crescer com a fama da Covid. Tamanha insensibilidade de sequer cogitar que ninguém está falando de política, mas sim a revolta de como estão tratando da vida.”

Edgar Rocha:

“Foram centenas e mais centenas que perderam a vida igual a ela [Maria das Graças], acreditando em medicamentos sem eficácia e que era apenas uma gripezinha. Sentimentos aos familiares.”

Gabriel Figueira Perruci Almeida:

“As fake news e o fanatismo facilitaram o ataque da Covid.”

Flavio Garcia:

“Triste. Uma senhora [Maria das Graças] que deveria ser uma pessoa boa antes de entrar nessa loucura que domina muitas pessoas hoje. Assim como é triste ver pessoas comemorando a morte dela. É muito ódio nesse país.”

Marcilio Gonçalves Filho:

“Não surge aí uma pergunta de provável interesse público e de ação das autoridades? As mensagens com ideias falsas que levam pessoas a óbito não são rastreáveis? Se são, não cabe à polícia e ao MP se inteirar de polêmico tema com potencial assassino? Se seus autores sequer forem incomodados, não é perpetuação do mal contra cidadãos de bem?”

Silvia Pestana:

“Esses disseminadores de fake news têm sangue nas mãos. No início da pandemia ninguém sabia nada, mas, conforme pesquisas sérias foram sendo feitas, os médicos foram entendendo a doença. Só vacina, máscara e distanciamento protegem.”

Marcelo Miranda:

“Aqui na minha casa três pessoas tiveram Covid. Primeiro, o meu filho, que pode ter trazido do trabalho, já que lá um funcionário também estava doente. Segundo eu e depois a minha noiva. Tivemos os sintomas moderados, mas eu confesso que fiquei aterrorizado, principalmente quando perdi o olfato e o paladar. Hoje graças a Deus eu tomei as minhas vacinas e fico triste ao ver pessoas que estão morrendo porque não quiseram se vacinar.”

Leandro Carvalho:

“Meu sogro tem o mesmo comportamento. Não se vacinou e não toma os devidos cuidados. Nem sei como ainda não contraiu a doença. Só trabalho na cabeça da minha sogra e da minha esposa para não se culparem se algo de pior acontecer.”

Milton Lasell:

“Tinha um conhecido que morreu de Covid e também não acreditava, mas o que mais me preocupa é que conheço diversos outros que não acreditam nas medidas de prevenção, continuam a se reunir, fazer encontros, festas à revelia, não usam máscaras, usaram e usam tratamentos alternativos até hoje. Mas pelo menos tomaram a vacina. Em suma, não arredam o pé de jeito nenhum. Esse problema institucionalizado só será resolvido pelo aprendizado de longo prazo, pela educação. Tomara que as próximas gerações não decepcionem tanto.”

Erasmo de Roterdam:

“Requer muita coragem moral compartilhar essa experiência. A atitude do Iomar de alertar para o perigo de ouvir vozes negacionistas ajuda a salvar vidas. Espero que consiga refazer a vida e que ele e o filho sejam felizes apesar de todas as perdas.”

Valdene de Castro:

“Acredito no que a ciência divulgou sobre a Covid. Toda a imprensa profissional divulgava diariamente os protocolos que tinham de ser seguidos. Infelizmente, as notícias falsas de Whatsapp vinham na mesma proporção dos fatos verdadeiros.”

André Ferreira:

“É muito triste ver como essa mulher perdeu a mãe por causa de uma política perversa de divulgação de notícias falsas, a fim de criar uma realidade paralela (impulsionada pelos algoritmos das redes sociais). Deem ouvidos à comunidade científica, gente! Escutem o que a OMS tem a dizer.”

Marcos Frederico:

“Relatos como esse mostram a malignidade das fake news e a responsabilidade dos seus agentes pelas mortes, por emprenhar o cérebro das suas vítimas com noções equivocadas. O desabafo da filha que era tratada pela mãe como inimiga enquanto tratava os agentes da desinformação como amigos doeu de ler.”

Pauleto Silva:

“Eu realmente me solidarizo com a dor de quem perdeu alguém. E creio que é equivocada a postura de buscar lançar nos outros as consequências de atitudes que as pessoas que se foram adotaram. É óbvio que não queriam morrer, mas elas fizeram suas escolhas diante das informações que foram publicadas. A internet está cheia de informações equivocadas, cabe a cada um, exercendo o seu direito de escolha, adotá-las ou não. Tenho pais idosos e fiz um trabalho massivo, no início da pandemia, dando informações de que não existe comprovação da eficácia dos remédios tão alardeados.”

Nilton Cesar:

“Desde o início da pandemia usei máscara, álcool em gel, distanciamento social, fiquei em casa e tudo que era recomendado pela OMS e pelo Ministério da Saúde do Brasil. Peguei Covid, fui internado, mas, graças a Deus, me recuperei. Vi idosos com comorbidades pegarem e sobreviverem, e vi jovens saudáveis morrerem da doença. Minha mãe por exemplo, conviveu com dois infectados e não pegou. É tudo muito relativo.”

Fonte: Portal G1

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