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segunda-feira, 29 de abril, 2024
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PF age contra grupo especializado em empresas e notas ‘fantasmas’ em MS

A PF-MS (Polícia Federal em MS) e a Receita Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (22), a Operação Partidas Dobradas, com objetivo de desarticular grupo criminoso especializado no registro de notas fiscais ‘frias’ e na criação de empresas ‘fantasmas’ em Mato Grosso do Sul e outros Estados do Brasil. A quadrilha deve estar agindo pelo País a pelo menos seis anos, conforme apontam investigações.

Segundo a PF, a apuração aponta para que as empresas e notas serviam para amparar o transporte e a entrada ilícita de produtos estrangeiros no Brasil. “Atuando desde  2018, o grupo foi responsável pela emissão de mais de 35 mil notas fiscais, as quais somaram aproximadamente R$ 200 milhões”, aponta a PF.

Assim, após dados investigatórios, a operação foi as ruas hoje, para cumprir um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão, nas cidades de MS: Ponta Porã e Dourados, e, São Paulo/SP, além do bloqueio de bens pertencentes aos envolvidos.

Conforme a PF, a investigação apurou ainda que a remuneração pela prestação desse serviço era feita de várias maneiras, dentre elas, o recebimento de um percentual sobre o valor global de cada nota fiscal.

Todo tipo de mercadoria e até drogas e armas

A PF aponta que se verificou que os documentos fiscais ampararam o transporte irregular de vários produtos, incluindo  eletrônicos, pneus, agrotóxicos, cabelo humano, garrafas térmicas, copos térmicos, postes de concreto, cimento, entre outros.

A polícia alega ainda que muitas das operações do grupo entre os produtos, serviram também para ocultar drogas, armas e mercadorias de maior valor agregado.

“O transporte era realizado pelos solicitantes ou por terceiros e a receptação era intermediada por assessoria contábil, que criava empresas laranjas por curto período de existência, descartadas e substituídas periodicamente”, explica a PF.

Operação

A operação contou com a participação de nove servidores da Receita Federal e 22 policiais federais.

O nome ‘Partidas Dobradas’,  faz referência ao método contábil de mesmo nome.

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