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quinta-feira, 16 de maio, 2024
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PF apura ocultação de patrimônio de ex-presidente do TJ-MS cumprindo mandados também contra advogados

O Enfoque MS noticiou mais cedo, em informações gerais, que PF cumpre mandado em gabinete de desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de MS). Agora, detalhamos mais a denominada Operação Tiradentes, onde a PF apontou apurar ocultação de patrimônio do ex-presidente do TJ-MS, na ação após investigações e que na manhã desta quinta-feira (8), também foi as ruas a cumprir mandados também contra advogados de Mato Grosso do Sul.

A PF divulgou posteriormente que a ‘Tiradentes’ foi deflagrada para investigar o ex-presidente do TJ-MS, desembargador Divoncir Schreiner Maran, cumprindo nove mandados de busca e apreensão. Além dele, a Polícia Federal e a Receita Federal do Brasil investigam parentes do magistrado e advogados por corrupção passiva e ocultação de patrimônio.

Em nota à imprensa, a Polícia Federal informa que os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em Campo Grande e em Bonito.

“De acordo com as investigações, um indivíduo de alta periculosidade, com vasto envolvimento em crimes como tráfico de drogas, lavagem de capitais e organização criminosa, foi beneficiado por decisão proferida liminarmente, durante período do feriado nacional. Mesmo com extensa ficha criminal, a decisão do magistrado foi pela prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica”, confirmou o órgão.

PF apura ocultação de patrimônio de ex-presidente do TJ-MS cumprindo mandados também contra advogados

Fato notório e muito relevante

O magistrado desembargador Divoncir Schreiner Maran, foi quem concedeu habeas corpus para o narcotraficante Gerson Palermo no dia 21 de abril de 2020.

No feriadão de Tiradentes, o bandido condenado a 126 anos de prisão rompeu a tornozeleira e fugiu. Até hoje a PF não tem pistas do narcotraficante.

“Considerando uma possível conduta criminosa, as investigações foram ampliadas, chegando a novos suspeitos, os quais apresentaram indícios de participarem em ações na tentativa de ocultar ou elucidar uma eventual confusão patrimonial”, informou a Receita.

De acordo com a PF, o desembargador fica proibido de ter acesso às dependências do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, em quaisquer de suas sedes, além da comunicação com funcionários e utilização de seus serviços, seja diretamente ou por interposta pessoa, sob pena de decretação da prisão preventiva.

A ocultação de patrimônio envolve a cônjuge do desembargador e filhos, advogados e um ex-empregado, conforme o organograma divulgado pela Receita Federal do Brasil.

PF apura ocultação de patrimônio de ex-presidente do TJ-MS cumprindo mandados também contra advogados
Organograma divulgado pela Receita (Foto: Reprodução)
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