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sexta-feira, 29 de março, 2024
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PF deflagra operação contra grupo atuante no tráfico de armas e drogas no MS e mais 8 estados

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã nesta terça-feira (5) a Operação Balada, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada no tráfico de drogas e de armas de grosso calibre, além de lavagem de dinheiro. De acordo com PF, os investigados movimentaram mais de R$ 2 bilhões, em decorrência das atividades criminosas.

As investigações apontam para um estruturado esquema de tráfico de drogas, agindo no preparo de entorpecentes utilizando compostos químicos adquiridos através de empresas regularmente cadastradas. A informação é de que no período de sete meses, insumos tenham sido comprados dentro da regularidade capazes de manipular 11 toneladas de cocaína.

A operação está sendo realizada em nível nacional contando com a participação de 850 Policiais federais que cumprem 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão, além de centenas de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas correntes, expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo.

A droga era remetida dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, armazenada no Triângulo Mineiro e, na sequência, distribuída a várias regiões do País, em especial, os estados de Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O grupo, não satisfeito com os milhões obtidos com o tráfico de drogas também atuava na comercialização ilegal de armas de fogo de grosso calibre. No decorrer da operação foram aprendidos um carregamento de 8 fuzis e 14 pistolas, a apreensão se passou em março na cidade de Uberlândia.

Mato Grosso do Sul é o principal local de comercialização da quadrilha, que comprava o equipamento no Estado e encaminhava para Uberlândia em Minas Gerais e posteriormente era distribuído para grupos de todo o Triângulo Mineiro, especializados na distribuição das drogas e ainda roubo de bancos, além de uma facção criminosa estabelecida no Rio de Janeiro. A quadrilha se organizava cirurgicamente no transporte das armas, utilizando veículos preparados para ação além de batedores em todo o deslocamento.

Para a lavagem do dinheiro os criminosos utilizavam de várias empresas de fachada como aquisição de postos de gasolina, hotéis, fazendas, imóveis veículos e embarcações luxuosas. Com as descobertas da polícia estima-se que cerca de R$2 bilhões tenham sido movimentados em dois anos.

Vários bens já foram bloqueados, conforme determinação judicial, assim como aproximadamente uma centena de imóveis.

 A operação foi batizada de BALADA pelo fato de os investigados ostentarem em redes sociais a organização de diversas festas de luxo, inclusive em outros países, realizando gastos elevados em tais eventos, com uso de iates e carros esportivos.

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