18.8 C
Campo Grande
sexta-feira, 19 de abril, 2024
spot_img

PF faz operação para barrar suposto plano do PCC de resgatar líderes de presídios

A PF (Polícia Federal) garante que uma rede de comunicação foi montada, envolvendo advogados e presos com direção da facção criminosa de São Paulo, o PCC, em planejamento para resgatar líderes de presídios federais, como o que está em Campo Grande. A princípio, o resgate seria nas penitenciárias federais de Brasília (DF) e Porto Velho (RO), mas não se descartava de ação coordenada também na Capital de Mato Grosso do Sul, como em Mossoró (PE), onde há os outros dois estabelecimentos.

Assim, a PF, com três mandados de prisão também em MS, deflagrou a Operação Anjos da Guarda, na manhã desta quarta-feira (10), contra um apontado plano de resgate de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Cerca de 80 policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Campo Grande (1 mandado de busca e apreensão), Três Lagoas (1 de mandado de busca e apreensão e 1 de prisão), São Paulo, Santos e Presidente Prudente.

Segundo a Polícia Federal, o plano contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate. Foi apontado que, para o provável resgate dos presos, a organização criminosa pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura de criminosos, dentre outras ações.

Segundo o jornal a Folha de São Paulo, entre os presos que seriam resgatados estão lideranças da facção como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Cláudio Barbará da Silva, o Barbará, e Valdeci Alves dos Santos, o Colorido.

Plano ‘antigo’

De acordo com as investigações, o tipo de “plano” , até não é novo e já foi alvo de operações em anos anteriores. “Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato”, ponta a PF.

A operação foi batizada de “Anjos da Guarda” em referência aos servidores da segurança pública que se esforçam e se arriscam dia e noite para proteger a sociedade de criminosos. A ação conta com o apoio do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

Fale com a Redação