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sexta-feira, 10 de maio, 2024
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Polícia investiga prejuízo de R$ 448 mil em falsa compra de gado na cidade de Camapuã

A polícia investiga um golpe aplicado contra um criador de gados de Camapuã. De acordo com o registro da ocorrência, a vítima, de 57 anos, procurou a polícia na sexta-feira (24) relatando ter sido enganado por um falso comprador de animais. Ele sustentou ter perdido R$ 448 mil ao comprar 130 cabeças de gado.

Segundo a versão do pecuarista, no início do mês começou a negociar a compra do gado com um homem que se apresentou com o nome de ‘Agostinho’. Esse teria lhe informado de que o gado à venda estaria em uma fazenda. Na conversa, o golpista disse que o pecuarista poderia ir até a propriedade para acertar a transferência dos gados diretamente com o gerente da fazenda.

A indicação para a compra do gado se deu por intermédio de um corretor, medida normal para esse tipo de transação. O corretor disse que primeiro recebeu o contato de uma pessoa que ofereceu o gado a um preço atrativo e apresentou a proposta ao pecuarista, que se interessou pelas cabeças de gado e prosseguiu com a negociação.

O pecuarista conversou e fechou negócio com Agostinho, sendo agendada uma visita na fazenda. Na manhã do dia 23 de junho, o corretor e o pecuarista foram até a fazenda, distante cerca de 12 quilômetros do centro de Camapuã, e foram recebidos pelo gerente. Enquanto faziam inspeção e pesagem do gado, o gerente mandava fotos e mantinha contato frequente com Agostinho.

O pecuarista passou a fazer os trâmites legais para finalizar a venda e fez o pagamento de R$ 448 mil. No ato, ele estranhou que uma documentação da Iagro informava o nome do gerente como proprietário do gado e arrendatário da propriedade rural. Somente neste momento o pecuarista percebeu que o homem que o atendeu na fazenda não seria gerente e sim o real proprietário do gado.

O pecuarista estranhou, mas continuou com o negócio. Ele foi informado que poderia começar a marcação e trânsito dos gados, pois o gerente já havia recebido o pagamento. No entanto, os animais não foram levados nesse dia, pois os caminhões do pecuarista estavam ocupados. Diante disso, combinou de retirar o gado na manhã da sexta-feira (24).

Contudo, ao avisar o gerente que estava indo até a fazenda buscar os animais na sexta-feira, o homem disse que não deixaria retirar o gado de forma alguma, pois não havia recebido pagamento de Agostinho. O pecuarista relatou que percebeu que o gerente – real dono do gado – havia vendido as cabeças para Agostinho que, por sua vez, revendeu ao pecuarista. No entanto, a vítima pagou a Agostinho, que não repassou ao verdadeiro dono dos animais a quantia.

O verdadeiro dono – o gerente – afirmou que acreditou ter recebido o dinheiro, por esse motivo autorizou a marcação e o trânsito do gado, mas conferiu suas contas e percebeu que o dinheiro não havia entrado. Não há informações se Agostinho foi ouvido. O caso foi registrado como estelionato, na delegacia de Camapuã.

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