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domingo, 2 de junho, 2024
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Lesa Pátria: Pré-candidato a prefeito em CG e assessora de deputado passam por ‘batida’ da Polícia Federal

PF deflagra 16ª fase da Operação Lesa Pátria e cumpre mandados em Mato Grosso Sul . E no Estado, exclusivamente em Campo Grande, eram dois mandados, que foram cumpridos contra Rodrigo Lins e Aline Paiva, integrantes de partidos da extrema-direita e que participaram direta ou indiretamente dos atos antidemocráticos de outubro a dezembro de 2022, que culminaram na tentativa de golpe de Estado, no fatídico 08 de janeiro de 2023. A ‘Lesa Pátria’ é feita pela PF (Polícia Federal) ante ações do STF (Supremo Tribunal Federal), que hoje expediu 53 mandados por sete Estados do Brasil.

A PF está em fase de investigações contra os atos golpistas de janeiro, buscando os financiadores das ações pelos dois meses de manifestações, como principalmente, pelo ’08 de janeiro’, que hoje colocou entre os agraciados com ‘toc toc, é a policia federal’, os dois Campo-Grandenses. Um é Rodrigo Lins, que foi candidato a deputado estadual em 2022, e, se alto lançou atual pré-candidato a prefeito em Campo Grande. Ele foi alvo de buscas da PF, em sua casa hoje,, junto com Aline Paiva, assessora do deputado estadual, Rafael Tavares (PRTB). O parlamentar já colocou a culpa no “PT”.

Empresário e ativista, Rodrigo Lins usa a rede social para críticas principalmente ao presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). Recentemente, assumiu a vice-presidência do partido Democracia Cristã em Mato Grosso do Sul e anunciou que pretende concorrer a prefeito de Campo Grande.

Já o outro mandado foi na casa de Aline Paiva, assessora do deputado Rafael Tavares, que teve mandato cassado no inicio do ano, mas aguarda recursos, se mantendo no cargo. A reportagem apurou que ela participou do acampamento em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande, e chegou a fazer orçamento de ônibus que levariam as pessoas para manifestação.

Lesa Pátria: Pré-candidato a prefeito em CG e assessora de deputado passam por 'batida' da Polícia Federal

Deputado e a “perseguição do PT”

Tavares, que é deputado bolsonarista reagiu contra a ofensiva. “URGENTE: o PT mandou a Polícia Federal fazer busca apreensão na casa da minha assessora”, falou cedo o parlamentar, que emendou com “É óbvio que o objetivo dessa operação é chegar até mim. Perseguição política na democracia relativa do PT. Que Deus nos abençoe e nos proteja!”, completou Tavares, que faz parte do movimento EnDireitaMS.

No entanto, ele não quis informar se a assessora esteve em Brasília ou financiou ônibus para levar bolsonaristas até a capital federal.

Procurado pela reportagem, o deputado negou qualquer participação. “Perseguição clara para desgastar a minha imagem como parlamentar e me vincular com a questão do 8 de janeiro. Não participei do ato, não estive presente no CMO e nem fui para Brasília”, declarou o deputado.

Operação Lesa Pátria e STF

A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira, mais uma fase da Operação Lesa Pátria, com objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos.

No total, são 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais.

O STF determinou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. A estimativa é de que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

Os investigados podem responder pelo crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Cumprimento dos mandados
São Paulo = 12;
Paraná = 6;
Mato Grosso do Sul = 2;
Tocantins = 2;
Santa Catarina = 3;
Minas Gerais = 26;
Ceará = 2.

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