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segunda-feira, 13 de outubro, 2025
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Primeiros reféns do Hamas devem ser libertados nesta segunda-feira em Israel

Autoridades israelenses projetam para as primeiras horas da manhã de segunda-feira (13), no horário local, a libertação de 20 reféns e a entrega de 28 corpos por parte do grupo Hamas. O prazo final para a devolução dos sequestrados termina ao meio-dia em Tel Aviv.

Segundo o Escritório do Primeiro-ministro de Israel, por meio do porta-voz Shosh Bedrosian, assim que os reféns forem recebidos em território israelense, 250 prisioneiros palestinos começarão a ser libertados como parte do acordo de troca.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou ao coordenador do grupo para reféns e desaparecidos, Gal Hirsch, que Israel está preparado para receber imediatamente todos os sequestrados. O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, disse à NBC News que os reféns poderiam ser libertados “a qualquer momento”.

O ex-presidente Donald Trump também deve chegar a Israel por volta das 9h de segunda-feira, após a liberação dos reféns, para visitar um hospital que os abrigará. Os sequestrados estiveram sob cárcere do Hamas por cerca de dois anos.

Palestinos retornam a áreas destruídas em Gaza

Enquanto isso, palestinos começaram a retornar às áreas abandonadas pelas forças israelenses. Imagens de satélite analisadas pela Associated Press mostraram veículos se deslocando em direção ao norte da cidade de Gaza. Tendas foram montadas ao longo da costa para abrigar pessoas que buscavam se proteger dos ataques. Policiais armados do Hamas patrulhavam as ruas e protegiam caminhões de ajuda humanitária.

Dois anos de guerra e impactos humanitários

O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque surpresa ao sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 250 reféns. Na ofensiva israelense subsequente, mais de 67 mil palestinos morreram em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local, e cerca de 90% dos 2 milhões de residentes foram deslocados.

Apesar da suspensão inicial dos combates e do plano de troca de reféns, o destino do cessar-fogo e a governança futura de Gaza permanecem incertos. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que as Forças Armadas se prepararão para destruir a rede de túneis do Hamas assim que os reféns forem liberados, com supervisão internacional liderada pelos EUA.

O acordo de troca de reféns representa a primeira fase de um esforço mais amplo de paz na região, ainda cercado de desafios e tensões históricas.

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