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sábado, 18 de outubro, 2025
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Programa Minha Casa Minha Vida Rural transforma vida de famílias indígenas em MS

Mais de 40 aldeias e quatro assentamentos serão beneficiados com casas construídas em parceria com o governo federal

O som dos martelos e o vai e vem dos trabalhadores marcam o cotidiano das aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul, onde as primeiras paredes das novas casas começam a tomar forma. Para muitas famílias, essas construções representam mais do que moradia: simbolizam segurança, estabilidade e a realização de um sonho antigo.

As obras fazem parte do Programa Minha Casa Minha Vida Rural, executado em parceria entre os governos estadual e federal. Em Aldeia Jaraguari, em Amambai, moradores acompanham cada etapa da construção com entusiasmo. Regina Benites, uma das beneficiárias, relata: “Ver a casa sendo levantada diante dos olhos é um sonho antigo se concretizando. Aqui vamos ter um lar firme, para criar nossos filhos com mais tranquilidade.”

Em Aldeia Guassuti, em Aral Moreira, as moradias já estão em fase avançada, com telhados instalados e acabamentos sendo finalizados. Para o cacique Valdenir Gonçalves e sua esposa, Cibele Araújo, o momento é de alegria e gratidão. “Estou feliz demais por termos nossa casinha, é a realização de um sonho para nossa família e de tantas outras que moram aqui”, afirmou Valdenir.

Situações semelhantes acontecem em Tey Kue, em Caarapó, e Limão Verde, em Amambai, onde as construções avançaram rapidamente e estão próximas da conclusão. Para os moradores, a chegada das novas moradias representa perspectiva de vida mais segura e digna. A beneficiária Fatima destacou: “A gente vê a casa crescendo e sente que a espera valeu a pena. É o nosso futuro sendo levantado aqui.”

O programa habitacional tem impacto amplo no estado. Até o momento, foram formalizados 1.259 contratos de construção na zona rural, com investimentos superiores a R$ 119 milhões, beneficiando famílias de mais de 40 aldeias indígenas e quatro assentamentos rurais em diferentes municípios.

Em Aldeia Pirakua, em Bela Vista, as novas moradias permitem que as famílias permaneçam em seus territórios, sem precisar migrar para áreas urbanas. As casas respeitam padrões técnicos e culturais, garantindo conforto térmico e adequação ao modo de vida local.

Para a diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani Lopez, o programa vai além da entrega de moradias: “Essas casas fortalecem os laços comunitários e culturais das aldeias, permitindo que as famílias permaneçam em seus territórios com dignidade. Não é apenas uma política de habitação, é uma política de pertencimento.”

Com as obras avançando em diversas regiões, o programa se consolida como uma política pública transformadora em Mato Grosso do Sul, garantindo direito básico à moradia e resgatando a dignidade de famílias que aguardavam há anos por essa conquista. Cada parede erguida já carrega histórias e sonhos que, em breve, estarão abrigados sob um novo teto.

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