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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Projeto criado por pedagoga visa empoderar e formação profissional de adolescentes em CG

Oferecer aos adolescentes em vulnerabilidade social a oportunidade de conhecer diversas profissões, auxiliando na escolha de uma carreira e ainda proporcionar um apoio emocional. Com esse objetivo, a pedagoga Maria Helena Santana Reis, assessora de projetos da Secretaria de Governo (Segov) e premiada nacionalmente pelo MEC, elaborou o Projeto “Descobrindo Talentos na Adolescência: Instrumento de Transformação e Construção de Cidadania”, lançado nesta quinta-feira (11) no auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS).

O projeto piloto consiste em videoaulas que abordam temas relacionados ao universo escolar, profissões e realidade dos jovens, além de assuntos relacionados ao processo de aprendizagem, questões sociais, desenvolvimento da autonomia, saúde e importância da formação profissional. Os jovens acolhidos na Unidade de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes – Unidade III (UAICA), formado por adolescentes em vulnerabilidade do sexo feminino, na faixa etária entre 12 a 18 anos serão os primeiros a receber o projeto.

A vice-prefeita Adriane Lopes, que acompanhou o desenvolvimento do trabalho, destacou que sua implantação representa um desafio e que o objetivo é reforçar a autoestima dos adolescentes. “Os jovens e crianças em vulnerabilidade necessitam de um olhar especial, de um acolhimento diferenciado. Precisamos trabalhar para garantir a eles a transformação da realidade em que vivem porque qualquer decisão tomada nessa fase, pode mudar o futuro. Por isso é importante ajudá-los a descobrir seu próprio caminho, a ter autonomia e desenvolvimento pessoal”, afirmou.

O secretário municipal de Assistência Social, José Mario Antunes falou sobre a relevância do projeto, que também tem como foco o equilíbrio emocional do jovem. “A adolescência é um período de transformações e dúvidas, por isso o cuidado que a Maria Helena teve ao elaborar o projeto para essa faixa etária com certeza vai fazer a diferença e ajudar os jovens a descobrirem sua vocação”, pontuou.

Elaboração e parceria

O processo de criação do projeto teve início há um ano e a ideia era que os adolescentes e crianças participassem de oficinas que auxiliassem no processo de amadurecimento pessoal. Com a chegada da pandemia, o foco passou a ser a produção de videoaulas que pudessem servir de base para debater temas relacionados às mudanças comportamentais típicas da adolescência, além de abordar várias profissões.

“Quando pensamos em ideias para desenvolver com os jovens, não podemos esquecer que nossa vida teve uma transformação gigantesca nesses últimos dois anos e que afetou em especial os adolescentes, que já passam por transformações físicas e emocionais. Por mais que hoje a internet seja um meio de comunicação poderoso, nem sempre ela aborda com cuidado temas específicos. Foi então que surgiu a ideia de video-aulas e a partir daí decidimos os temas de interesse”, explicou a pedagoga.

Com o projeto reestruturado, a Semed entrou como parceira na gravação dos vídeos. Mas para que os temas atendessem às expectativas dos adolescentes, a superintendente de Proteção Social Especial da SAS, Tereza Cristina Miglioli Bauermeister, explicou que a equipe de referenciamento das UAICA’s, composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais foi nas unidades ouvir os jovens para elaborar as temáticas.

Com os temas definidos, professores da Gerência do Ensino Fundamental e Médio da Semed realizaram o roteiro e gravaram as aulas, que abordam diversas disciplinas, sempre tomando como base elementos do cotidiano dos adolescentes. “Foi uma experiência incrível contribuir de alguma forma com o projeto. Colocamos toda nossa emoção no trabalho para fazer com que esses adolescentes se sintam amados e saibam que são capazes de ser o que desejarem”, enfatizou a professora de Biologia e técnica da Gefem, Tatiana Garcia, que gravou uma aula que teve como tema “O que a Biologia pode nos ensinar sobre a nossa vida”.

A ideia é que o projeto seja ampliado e contemple alunos das escolas da Rede Municipal de Educação e do Instituto Mirim.

Fonte: Ascom PMCG

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