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quinta-feira, 18 de abril, 2024
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Projeto da UFGD desconstrói estereótipos indígenas entre adolescentes

Estudantes do curso de História da UFGD têm realizado, desde 2018, projetos educativos em escolas públicas de Dourados e Caarapó, apresentando informações sobre a história e cultura indígena. Um trabalho que integra ensino, pesquisa e extensão, estreitando as relações entre universidade e escola e abrindo a possibilidade da construção de um conhecimento histórico em conjunto.

Trata-se do projeto de extensão “Aproximando universidade/escola e teoria/prática: oficinas de história e cultura indígena nos campos de estágio”, que desenvolve um espaço de promoção e articulação entre os conteúdos teórico-metodológicos ensinados/aprendidos durante o curso de Licenciatura em História e a realidade de ensino das escolas, reduzindo as distâncias que separam a teoria da prática e contribuindo para a formação dos futuros professores e historiadores.

As ações são focadas especialmente no combate aos preconceitos e na desconstrução de mitos e estereótipos existentes em relação aos indígenas do Brasil, trazendo a historicidade desses povos e a compreensão da sua diversidade cultural, colaborando no atendimento à Lei 11.645/2008 (que tornou obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena no país).

 

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Desde 2008, o estudo de história e cultura afro-brasileira e indígena é obrigatório no Brasil

A escolha por escolas de Dourados e região não é por acaso, uma vez que os espaços urbanos são ocupados por muitas famílias indígenas que buscam diferentes formas de sobrevivência. De acordo com Éder Novak, coordenador do projeto e docente na Faculdade de Ciências Humanas (FCH) da UFGD, essas famílias encontram-se em condições de miserabilidade e são vistas de forma preconceituosa por parte dos moradores não indígenas, e isso acontece justamente devido à falta de conhecimento. “Esse trabalho contribui para gerar nos alunos um novo olhar sobre os indígenas, suas histórias e suas culturas. É o primeiro passo para a mudança dessa realidade marcada por intolerância, preconceito, ignorância e violência contra os povos indígenas no Brasil”, defende o professor Éder.

SOBRE O PROJETO

Nos dois primeiros anos do projeto, 2018 e 2019, participaram 23 alunos da graduação e sete da pós-graduação em história, da linha de pesquisa “História indígena e do indigenismo”, além de três docentes do curso. Foram atendidos, nesse período, 1.056 alunos da rede pública de ensino. Em 2021 e parte de 2022, a metodologia foi adaptada, em virtude da pandemia, com a criação de um canal no Youtube e a gravação das oficinas, além do desenvolvimento das atividades, banners e questionários de forma on-line. Agora, as atividades já retornaram ao formato presencial. Também foi desenvolvida uma coletânea, que deve ser distribuída em escolas estaduais do Mato Grosso do Sul.

Já participaram do projeto as seguintes escolas estaduais de Dourados: Min. João Paulo dos Reis Veloso, Floriano Viegas Machado, Rita Angelina Barbosa Silveira e Prof. José Pereira Lins. Em Caarapó, o projeto foi levado para a EE Cleuza Aparecida Vargas Galhardo.

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Fonte: Ascom UFGD

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