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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Ricardo Moon se entrega na sede do Guarras em Campo Grande

O policial rodoviário federal, Ricardo Moon, se apresentou na sede da Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), em Campo Grande, ainda ontem (23), após pedido de prisão ser expedido pela Justiça.

A ordem de prisão foi expedida na última sexta-feira (22), pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida. Moon foi condenado a 23 anos e 4 meses de prisão pela morte do comerciante Adriano Correia do Nascimento e duas tentativas de homicídio, o policial respondia em liberdade e em março de 2021, precisou ser socorrido após ter inalado fumaça.

Apesar da sentença, o policial aguardava o trânsito em julgado em liberdade. Porém, após perder mais um recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), Garcete determinou a prisão do agente.

O crime

O crime aconteceu na madrugada do dia  31 de dezembro de 2016, na Avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua 26 de Agosto. O policial rodoviário federal um veículo Mitsubishi Pajero, enquanto o empresário estava em uma caminhonete Toyota Hilux, acompanhada das demais vítimas.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual, ao fazer conversão à direita, Adriano não percebeu a proximidade com o veículo do acusado e quase provocou um acidente de trânsito. Em seguida, o acusado abordou as vítimas, descendo do veículo, identificando-se como policial e chamou reforço.

As vítimas chegaram a descer do carro e solicitaram que o acusado mostrasse sua identificação, visto que, pela vestimenta que trajava, não era possível saber se era mesmo policial rodoviário federal. Diante da recusa do acusado, eles retornaram ao carro e Adriano ligou a camionete iniciando uma manobra para desviar do veículo do réu, que estava impedindo sua passagem.

Quando iniciou o deslocamento, o policial efetuou disparos na direção do carro, que se chocou com um poste de iluminação pública. Após o choque, uma das vítimas saltou do carro e percebeu que fraturou alguns membros, enquanto a outra vítima foi atingida por disparos. O motorista foi atingido e morreu no local.

No julgamento, em 30 de maio de 2019, o policial alegou legítima defesa e que fez os disparos para cessar uma tentativa de atropelamento, no entanto, por maioria dos votos dos jurados foi condenado a 23 anos de prisão pelo homicídio.

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