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terça-feira, 23 de abril, 2024
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Sem concorrência, empresa espanhola compra aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá

Os aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá foram vendidos ao grupo Aena no início da tarde dessa quinta-feira (18) no leilão realizado na sede da Bolsa de Valores (B3), em São Paulo. De acordo com as informações, o pacotão de concessão, que incluí ao todo 11 aeroportos entre eles o de Congonhas (SP), foi arrematado por R$ 2,45 bilhões, com ágio de 231,02%.

A empresa espanhola Aena Desarrollo Internacional foi a única a apresenta propostas ao bloco, sendo que já administra outros seis aeroportos localizados todos no Nordeste do País (Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB)). A diretora Marian Rubio agradeceu aos presentes durante o discurso, afirmando que estava muito feliz com o resultado do leilão.

A expectativa do Ministério da Infraestrutura é de que sejam investidos pelos próximos 30 anos, período da concessão, pelo menos R$ 5,8 bilhões em serviços de modernização dos terminais.

Se tratando apenas dos aeroportos sul-mato-grossenses, deverão ser aplicados R$ 804 milhões. Estão previstos aportes de R$ 377,6 milhões no aeródromo de Campo Grande; R$ 192,6 milhões no de Corumbá e R$ 234,2 milhões em Ponta Porã.

No Aeroporto Internacional de Campo Grande, a nova dona da unidade deverá concluir as obras que foram iniciadas pela Infraero ao custo de R$ 39,9 milhões e que previam a ampliação do terminal.

As primeiras intervenções obrigatórias previstas em todo o lote (fase 1B) devem ser executadas em até 60 meses, a contar da assinatura do contrato de concessão, conforme o edital do certame.

Os aeroportos adquiridos pela empresa no leilão são:

  • Aeroporto de Campo Grande (MS)
  • Aeroporto de Corumbá (MS)
  • Aeroporto Internacional de Ponta Porã (MS)
  • Aeroporto Maestro Wilson Fonseca, em Santarém (PA)
  • Aeroporto João Corrêa da Rocha, em Marabá (PA)
  • Aeroporto Carajás, em Parauapebas (PA)
  • Aeroporto de Altamira (PA)
  • Aeroporto Ten. Cel. Aviador César Bombonato, em Uberlândia (MG)
  • Aeroporto Mário Ribeiro, em Montes Claros (MG)
  • Aeroporto Mario de Almeida Franco, em Uberaba (MG)

Além do bloco que inclui Congonhas, outros dois foram leiloados. Ao todo, o certame arrecadou R$ 2,7 bilhões. O bloco Aviação Geral, que incluiu o Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo (SP), e o Aeroporto de Jacarepaguá – Roberto Marinho, no Rio de Janeiro (RJ), foi arrematado pelo fundo XP Infra IV, o único a fazer proposta neste bloco, por R$ 141,4 milhões, com ágio de 0,01%.

Já o bloco Norte II, que inclui o Aeroporto Internacional Val-de-Cans – Júlio Cezar Ribeiro, em Belém (PA), e o Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, em Macapá (AP), foi vendido para o Consórcio Novo Norte Aeroportos por R$ 125 milhões, com ágio de 119,78%. O bloco também teve propostas da Vinci Airports.

De acordo com a Anac, os 15 aeroportos são responsáveis por 15,8% do total do tráfego de passageiros no Brasil, o equivalente a mais de 30 milhões de viajantes por ano.

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