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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Sem novas remessa, Rio mantém paralisação de vacinação e só reserva 2ª dose

SES disse que os imunizantes estão reservados para aqueles que já foram vacinados

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) não autorizou o uso de vacinas reservadas para a segunda dose, como solicitou a Prefeitura do Rio. O pedido de uso ocorreu após o município constatar que terá que interromper, a partir de amanhã, a campanha de vacinação na cidade por falta de vacinas.

A ideia da prefeitura era utilizar o lote reservado para a segunda dose e não interromper a vacinação na cidade. No entanto, a SES disse que os imunizantes estão reservados para aqueles que já foram vacinados e a remessa deve ser enviada na semana que vem aos municípios.

Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, o secretário de estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves, disse que a decisão ocorre devido a falta de previsão para a chegada de novas remessas.

“Eu não vou entregar vacina para a segunda dose agora. Não tenho nenhuma notificação, nem sequer a menção de entrega de vacinas. Tenho que garantir ao cidadão que tomou a primeira dose que ele tome a segunda. Se eu entregar agora, como estão fazendo pressão (…) se não entregar, de quem é a responsabilidade? Não vou entregar a segunda dose enquanto não houver certeza de recebimento das vacinas. A logística está pronta. Chegaram as vacinas, elas serão imediatamente entregues.”

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, usou ontem as redes sociais para informar que o calendário de vacinação da cidade será suspenso a partir de amanhã. Ontem foram vacinados idosos com 84 anos e hoje, o município vacina pessoas com 83. Amanhã não haverá vacinação. A interrupção ocorre devido a antecipação do calendário de vacinação.

“Não podia ter sido melhor”, avaliou o secretário de Saúde, Daniel Soranz.

“Vacina de vento”

Depois de denúncias de aplicação falsa de vacinas em Niterói, em Petrópolis, e no Rio, que estão sendo investigadas pela polícia, o secretário de estado de Saúde lamentou que a pasta não foi notificada pelas prefeituras, onde os casos ocorreram.

“Me preocupa a não ação imediata dos casos apurados. Eu fui avisado pela mídia. Em nenhum momento chegou notificação dos municípios atingidos. A ação tem que ser imediata. Deverá ser apurado severamente”, disse o secretário.

A polícia do Rio de Janeiro investiga a aplicação “de vento” em idosos. São casos em que não tinha nada dentro das seringas ou, a princípio, profissionais de saúde não aplicaram o líquido nas pessoas que foram aos locais de imunização.

As situações só foram descobertas porque, no momento da vacinação, a aplicação foi gravada pelas famílias.

FONTE: UOL

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