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quinta-feira, 31 de julho, 2025
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STF começa a ouvir militares e policial federal do Núcleo 3 da tentativa de golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início nesta segunda-feira (28) a uma nova etapa dos interrogatórios dos réus acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A audiência, realizada por videoconferência a partir das 9h, concentra-se nos integrantes do chamado núcleo 3 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Nesta fase, serão ouvidos 12 acusados, entre eles oficiais da ativa e da reserva do Exército Brasileiro, além de um agente da Polícia Federal. Os réus respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Os nomes dos acusados são:

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel)
  • Cleverson Ney Magalhães (coronel da reserva)
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva)
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel)
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel)
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel)
  • Nilton Diniz Rodrigues (general)
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel)
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel)
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel)
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel)
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal)

Os interrogatórios seguem uma ordem processual pré-definida: o juiz instrutor faz os primeiros questionamentos, seguido pelo representante da PGR e, por fim, os advogados de defesa — respeitando a ordem alfabética dos réus.

Após a conclusão dessa fase, o relator da ação penal no STF, ministro Alexandre de Moraes, irá preparar o relatório e seu voto, que serão apresentados ao plenário da Corte. Ainda não há data definida para o julgamento.

As investigações fazem parte do conjunto de ações que apuram a tentativa de subversão do regime democrático brasileiro, com base nos eventos ocorridos após as eleições de 2022 e que culminaram nos ataques de 8 de janeiro de 2023. O STF tem conduzido os processos com prioridade, dada a gravidade dos fatos e o envolvimento de agentes do Estado.

A expectativa é de que os julgamentos de figuras centrais do caso, incluindo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro e outros oito investigados, ocorram até outubro deste ano.

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