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sábado, 27 de abril, 2024
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Sucuri Ana Julia não foi morta por tiros, afirma PMA

A hipótese de morte por disparo de tiro foi descartada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) como causa da morte da cobra Ana Julia. A carcaça do animal silvestre foi encontrada no domingo (24), às margens do Rio Formoso, em Bonito.

A sucuri tinha 6,5 metros de comprimento e era mundialmente famosa por servir de tema de documentários e registros nas redes sociais.

Conforme a PMA, que deslocou uma equipe nesta segunda-feira (25) para averiguar a morte da sucuri, não foram localizadas perfurações ou indícios de que a cobra tenha sido morta a tiros. 

Agora, o delegado titular da Polícia Civil de Bonito, Pedro Ramalho, e peritos irão verificar o que de fato ocorreu a partir da terça-feira (26).

“Se for comprovado que a morte foi provocada pelo ser humano, essa pessoa irá responder por crime contra a fauna”, explicou o delegado.

Além disso, o autor poderá responder por crime ambiental, que tem pena de detenção que varia de 6 meses a um ano, mais multa no valor que pode chegar R$ 500 mil.  

Após ser periciada, a sucuri será trazida para Campo Grande, onde passará por um processo de embalsamamento, metodologia que preserva a aparência e características do animal.

“Posteriormente ela integrará o acervo de animais taxidermizados da Polícia Militar Ambiental e fará parte das exposições que realizamos”, garantiu o comandante da PMA, coronel José Carlos Rodrigues.

Entenda

A informação da morte da sucuri foi compartilhada pelo documentarista de vida selvagem Cristian Dimitris, responsável por produzir diversos filmes sobre a vida selvagem no Pantanal e que, inclusive, há pelo menos 10 anos acompanhava a cobra Ana Julia.

Cristian Dimitris lamentou a morte de Ana Julia. “Pqp. Que tristeza, que raiva!!!! Quem teria feito um absurdo destes???? Sinto que perdi uma amiga, um membro da família, um ser especial na qual passei muitos momentos especiais juntos. Só digo que isso não vai ficar assim, vamos investigar e ir atrás dessa pessoa. Ela terá que prestar contas a justiça!”, finalizou. 

Há alguns meses, a cobra foi flagrada pelo biólogo holandês Freek Vonk e viralizou nas redes sociais. A identificação da cobra foi feita a partir das manchas que a serpente tem pelo corpo, que servem como digitais da espécie.

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