O aplicativo de mensagens Telegram bateu recorde de novos usuários na segunda-feira (4), dia em que WhatsApp, Facebook e Instagram ficaram fora do ar por horas. Pavel Durov, fundador do aplicativo russo, afirmou em seu canal oficial nesta terça (5) que mais de 70 milhões de pessoas migraram de outras plataformas para o Telegram, e aproveitou para alfinetar a concorrência.
“Aos novos usuários, gostaria de dizer ‘bem-vindos ao Telegram, a maior plataforma de mensagens independente. Não vamos te decepcionar quando os outros falharem'”, afirmou. “Estamos anos-luz à frente da concorrência.”
Ele disse estar orgulhoso com o funcionamento do Telegram mesmo diante do crescimento sem precedentes, e ponderou que a velocidade ficou mais lenta em alguns países já que milhões de pessoas se inscreveram ao mesmo tempo.
A interrupção de todos os serviços do grupo Facebook, que tem mais de 2,7 bilhões de inscritos em ao menos um de seus aplicativos, deixou centenas de milhões de pessoas sem comunicação em vários países. A explicação oficial do Facebook é que o apagão tenha derivado de uma mudança de configuração.
Em nota, a empresa disse que a falha ocorreu durante a mudança em uma estrutura que coordena o tráfego entre seus centros de dados, o que gerou um efeito cascata que interrompeu a comunicação e fez com que outros centros fossem afetados. Especialistas não descartam que a causa tenha sido erro humano.
Em outros episódios de queda, usuários também buscaram o Telegram como alternativa para troca de mensagens. Nenhum caso, entretanto, havia atingido essa magnitude.
Um dos principais concorrentes do WhatsApp, o aplicativo russo tem diretrizes e funcionamento diferentes: canais de transmissão não têm limites de pessoas (o WhatsApp autoriza, no máximo, 256 pessoas em um grupo), mensagens são facilmente encaminhadas -sem alerta que gere atenção para conteúdo viral- e é possível encontrar pessoas inscritas pelo nome, caso elas optem por mostrá-lo.
O modelo de negócios da plataforma permite anúncios em canais com muita audiência, e eles normalmente são publicados como conteúdos regulares. A empresa planeja fortalecer esse tipo de dinâmica, atraindo cada vez mais conteúdos bancados por empresas.
Em 2020, Durov afirmou que não tinha planos de vender o Telegram e que não cobrará de usuários regulares e nem mostrará anúncios em conversas individuais. No início do ano, o aplicativo tinha cerca de 500 milhões de inscritos.
Fonte: FoilhaPress