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sábado, 21 de junho, 2025
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Terceira onda de frio deve atingir MS com queda brusca de temperaturas e possibilidade de geada

O inverno começou oficialmente na noite desta sexta-feira (20), às 22h42 (horário de MS), e a chegada da estação já traz a primeira frente fria significativa para Mato Grosso do Sul, com a expectativa de temperaturas baixas, ventos fortes e até geada nos próximos dias. Este será o terceiro episódio de frio intenso no Estado neste ano e o primeiro desde o início do inverno.

De acordo com o Climatempo, o Estado será impactado por dois pulsos consecutivos de ar polar. O primeiro deles já começa a ser sentido neste fim de semana, com a atuação de uma frente fria que avança do Rio Grande do Sul e provoca aumento de nebulosidade, ventos e umidade no centro-sul e leste de MS.

As temperaturas começaram a cair já neste sábado (21), especialmente nas regiões sul e sudoeste. Em Campo Grande, as mínimas devem variar entre 16°C e 18°C, com máximas de até 29°C. No entanto, é no início da próxima semana que o frio se intensificará de forma mais abrangente.

Ciclone no oceano e mínima invertida

Entre domingo (22) e segunda-feira (23), uma nova frente fria, associada a um ciclone extratropical, ganha força no oceano. Embora o ciclone não avance sobre o continente, ele deve provocar ventos intensos em boa parte da Região Centro-Sul do Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul, com rajadas que podem atingir entre 40 km/h e 60 km/h, com picos ainda maiores em algumas localidades.

A segunda-feira também será marcada pelo fenômeno da “mínima invertida”, quando o dia começa com temperaturas mais altas e vai esfriando ao longo do período, por conta da chegada da massa de ar polar.

Temperaturas próximas de 0°C e geada

O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), afirma que o frio mais severo deve ocorrer entre segunda (23) e terça-feira (24), com previsão de mínimas próximas de 0°C no sul do Estado. Municípios como Ponta Porã e Dourados podem registrar 5°C a 6°C, com possibilidade de geada. Em Porto Murtinho, as mínimas devem ficar próximas de 15°C, com pouca variação entre a mínima e a máxima.

Na região sudoeste e no Pantanal, as temperaturas mínimas devem oscilar entre 8°C e 19°C, enquanto as máximas podem atingir até 30°C. Já as demais regiões do Estado, incluindo a Capital, sentirão a queda de temperatura de forma mais amena, com mínimas entre 16°C e 18°C.

Além do frio, a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica aumenta a nebulosidade e traz chances de chuvas isoladas, especialmente no extremo sul.

Frio deve durar até o final do mês

Segundo o Cemtec-MS, uma nova frente fria está prevista para avançar entre quinta (26) e sexta-feira (27), reforçando o ar polar e mantendo as temperaturas baixas até o final de junho.

No entanto, o meteorologista Natálio Abrahão, da estação meteorológica da Uniderp, ressalta que apesar da intensidade desse início de inverno, a previsão é de que as temperaturas abaixo da média não sejam frequentes ao longo da estação.

“Das 13 semanas de inverno, as massas polares devem se concentrar nos primeiros 30 dias. Depois, os bloqueios atmosféricos devem predominar, com tempo mais seco, quente e ensolarado”, explicou.

Inverno com baixa umidade e estiagens prolongadas

O restante do inverno em Mato Grosso do Sul deverá ser marcado por baixa umidade, calor acima da média e estiagens prolongadas, com possibilidade de períodos superiores a 30 dias sem chuva em algumas regiões, incluindo Campo Grande.

De acordo com o meteorologista, os bloqueios atmosféricos provocarão a elevação das temperaturas máximas, redução da nebulosidade e aumento da concentração de poluentes, favorecendo o surgimento de doenças respiratórias.

“Com massas de ar quentes e secas, aumenta a presença de poeira, fumaça e fuligem, o que contribui para o agravamento de problemas respiratórios, principalmente em crianças e idosos”, alertou Natálio Abrahão.

A tendência também aponta para volumes de chuva abaixo da média histórica nos meses de junho e julho, especialmente no sul do Estado. Agosto e setembro devem ter predomínio de calor intenso e chuvas irregulares, mal distribuídas e de baixo volume.

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