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sexta-feira, 18 de julho, 2025
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Testagem em massa para hepatites B e C avança em MS com mais de 355 mil exames

Mato Grosso do Sul reforçou sua estratégia de diagnóstico precoce das hepatites virais em 2024, realizando mais de 355,4 mil testes rápidos para hepatites B e C ao longo do ano — uma média próxima de mil exames por dia. A ação tem como objetivo identificar infecções precocemente, evitar complicações graves como cirrose e câncer hepático, além de interromper a cadeia de transmissão.

A testagem é parte integrante da campanha Julho Amarelo, que destaca a importância da vacinação, do tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e da realização periódica dos exames em todas as unidades de saúde do estado.

Durante 2024, foram aplicados 222.100 testes rápidos para hepatite B e 133.325 para hepatite C em Mato Grosso do Sul. Os insumos foram distribuídos pelo Ministério da Saúde à Secretaria de Estado de Saúde (SES), que coordena a logística para os 78 municípios, enquanto Campo Grande recebe os testes diretamente da União.

Segundo Larissa Martins do Nascimento, gerente de IST/Aids e Hepatites Virais da SES, “todas as pessoas devem realizar pelo menos um teste para hepatites virais na vida, e os grupos mais vulneráveis precisam manter uma rotina frequente de testagem”. Ela reforça que o teste, a vacinação e o tratamento são oferecidos gratuitamente nas unidades de saúde.

Vacinação e prevenção

A vacina contra hepatite B é indicada para todas as idades e faz parte do calendário vacinal infantil do SUS, com quatro doses aplicadas desde as primeiras 12 horas de vida até os 6 meses. Para a hepatite A, a imunização é recomendada entre 1 e 5 anos, em dose única. A hepatite C ainda não possui vacina, mas tem tratamento disponível pelo SUS.

Durante o pré-natal, a testagem é crucial para evitar a transmissão vertical, especialmente da hepatite B. Recém-nascidos de mães infectadas recebem a vacina e imunoglobulina nas primeiras 12 horas para prevenção eficaz. Já o tratamento para hepatite C é adiado para o pós-parto, por questões de segurança.

Formas de transmissão e cuidados

As hepatites virais podem ser transmitidas por contato com sangue contaminado, relações sexuais sem proteção, uso compartilhado de objetos cortantes ou materiais não esterilizados, além do consumo de água ou alimentos contaminados, dependendo do tipo da hepatite.

Para evitar a doença, são recomendadas medidas simples como:

  • Não compartilhar objetos pessoais que possam ter contato com sangue (agulhas, alicates, escovas de dente, lâminas de barbear);
  • Usar preservativo em todas as relações sexuais;
  • Exigir a esterilização adequada de equipamentos em procedimentos médicos, odontológicos, manicure, tatuagem e colocação de piercing.

O avanço nas testagens em Mato Grosso do Sul demonstra o compromisso do estado com o controle das hepatites virais, protegendo a saúde da população e promovendo a conscientização sobre a prevenção.

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