19.8 C
Campo Grande
quarta-feira, 17 de abril, 2024
spot_img

Três Lagoas recebe ‘tempestade de areia’ que assusta e tumultua cidade

As tempestades de areia, que vimos pelos telejornais na semana passada em outros Estados do Brasil, nesta sexta-feira (1º), pode ser vista e sentidas pelo povo de Três Lagoas, região leste de Mato Grosso do Sul, divisa com estado de São Paulo. O fenômeno areal marron, cobriu o município a 327 km de Campo Grande, onde de certa forma assustou e provocou correria de moradores na cidade. Veja abaixo, dois pequenos vídeos publicados em redes sociais da cidade.

“O ‘areião’ cobriu os céus e também trouxe com ele uma ventania assustadora”, descreviam moradores em redes sociais, onde postavam imagens do acontecimento. O susto também era descrito, apesar de termos visto a ação da natureza, que assustou recentemente cidades no interior de São Paulo e Minas Gerais. No domingo (26), os registros da nuvem de poeira, foi em municípios como Presidente Prudente, Franca, Jales, Araçatuba, Barretos, Araçatuba, além de outras localidades.

Os tres-lagoensses que viram ‘ao vivo’, mostram nas imagens, que não é possível ver mais a cidade no horizonte, pois está coberta pela terra densa. Na área atingida pela tempestade não era possível enxergar muito longe. Além de areia, o vento também levava folhas, pequenos galhos e outros materiais.

O fenômeno pode decorrer da extrema seca na região, como foi no caso de SP e MG, que estavam entre as piores avaliações no monitoramento de secas da ANA (Agência Nacional de Águas). O mesmo pode ter acontecido em Três Lagoas, que sofre com a estiagem. 

Litometeoro

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) classifica o evento como um tipo de “litometeoro”, isto é, “fenômeno causado pela suspensão no ar de partículas, geralmente sólidas, mas de natureza não aquosa”, dos quais os mais comuns são névoa seca, tempestade de poeira e turbilhão de areia.

A que para nós pode estar vindo com as mudanças climáticas, sendo inédito no Brasil, os meteorologista dizem que o fenômeno é comum em países da Ásia, onde é conhecido como “haboob”. Ele é causado por temporais de chuva com ventos fortes que, ao entrarem em contato com o solo seco, encontram resquícios de queimada, poeira e vegetação, os quais acabam criando um “rolo compressor” de sujeira que pode chegar a até 10 quilômetros de altura.

“Primeiro, vem a nuvem de temporal e tempestade, que gerou a corrente de vento mais horizontal e bagunçou todos esses detritos. Como faz meses que não chove naquela região, tem muita poeira, o solo e a vegetação estão secos, e as queimadas também contribuíram”, explicou a meteorologista Estael Sias, em matéria publicada na Agência Estado. 

Fale com a Redação