Presidente dos EUA demonstra irritação ao ser informado da detenção; aliados criticam Moraes e falam em “caça às bruxas”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou incômodo ao ser informado sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, detido na manhã deste sábado (22) em Brasília. A reação ocorreu após questionamento do correspondente da RECORD em Washington, Mathias Brotero.
Surpreso, Trump afirmou inicialmente não saber da detenção. Ao ser confirmado o episódio, ele balançou a cabeça e resumiu: “Isso é muito ruim.”
Bolsonaro foi preso por volta das 6h, em casa, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem é de prisão preventiva e, segundo a Corte, não representa o início do cumprimento da pena pela condenação relacionada à tentativa de golpe de Estado. A decisão foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Acusações e justificativas da decisão
Moraes afirmou que houve uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, o que, segundo o ministro, indicaria intenção de fuga durante uma manifestação convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente.
Reações nos EUA e críticas à Justiça brasileira
A prisão repercutiu entre aliados de Trump. Martin De Luca, representante da Trump Media e da plataforma Rumble, publicou críticas duras no X, acusando Moraes de ultrapassar limites. “Alexandre de Moraes ultrapassou esse limite há muito tempo, mas hoje ultrapassou-o a toda a velocidade.”
Ele também afirmou que, enquanto o governo Lula tenta melhorar a relação com Washington, Moraes reforça os motivos que levaram às sanções aplicadas pelos EUA.
Sanções e tensões diplomáticas
A situação de Bolsonaro tem sido usada por Trump como justificativa para pressões sobre o Brasil. Em julho, o presidente americano enviou carta ao presidente Lula anunciando uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. No documento, Trump classificou os processos contra o ex-presidente como uma “caça às bruxas”.
Repercussão segue em alta
A prisão de Bolsonaro mobilizou aliados, gerou críticas de lideranças conservadoras e reacendeu tensões no cenário internacional. Nos EUA, o episódio voltou a ser usado como argumento político por figuras alinhadas ao ex-presidente brasileiro.











