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sábado, 10 de maio, 2025
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UFMS participa da 23ª Semana Nacional dos Museus a partir de segunda-feira

A 23ª Semana Nacional dos Museus, promovida anualmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), começa na próxima segunda-feira (12), com o tema “O Futuro dos Museus em Comunidades em Rápida Transformação”. Este evento busca incentivar uma reflexão sobre o papel dos museus no mundo atual, com foco em três áreas principais: patrimônio imaterial, juventude e novas tecnologias.

A edição deste ano envolve museus, espaços culturais e centros de memória de todo o Brasil, incluindo a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que promoverá diversas atividades em suas unidades de Campo Grande, Corumbá, Coxim e Nova Andradina até o dia 18 de maio, em alusão ao Dia Internacional dos Museus.

Campo Grande

Em Campo Grande, o Museu de Arqueologia (Muarq) da UFMS apresentará a exposição temporária “Fragmentos que falam: barro, memória e arte indígena em novos tempos”, com abertura no dia 13 de maio, às 10h. A exposição, que ficará aberta até o dia 30 de maio, oferece uma imersão na arte indígena contemporânea e suas raízes, unindo tradição e inovação. A visitação será das 8h às 11h e das 14h às 16h, com agendamento para escolas e grupos, por meio das ações do Museu Escola.

Além disso, no mesmo dia, será realizada a oficina interativa “Territórios que falam: juventude indígena entre palavras e pigmentos da terra”, às 10h30. Jovens indígenas da comunidade Aldeinha de Anastácio ensinarão o preparo de tintas naturais, utilizando pigmentos coletados da terra e explicando seu valor simbólico e cultural. A atividade convida o público a criar uma obra autoral, integrando pintura e poesia.

A responsável técnica pelo Muarq, Laura Pael, destaca a importância da participação do museu no evento como uma forma de reforçar o papel do espaço como agente de transformação cultural. “Este ano, estamos reafirmando o protagonismo dos povos indígenas e a valorização do patrimônio material e imaterial. Queremos dar visibilidade às expressões culturais que formam a identidade do nosso estado e país”, afirma.

Corumbá

Em Corumbá, a UFMS do Pantanal promoverá, entre 12 e 16 de maio, a ação “O Museu vai à Escola”. Estudantes das escolas estaduais Carlos de Castro Brasil e Nathércia Pompeo dos Santos, além da escola municipal Angela Maria Perez, terão a oportunidade de participar de atividades interativas no Laboratório de Arqueologia do Pantanal (Lapan), no Câmpus da UFMS do Pantanal. Durante a visita mediada, os alunos conhecerão objetos arqueológicos e refletirão sobre o papel dos museus na preservação da memória cultural da região.

A professora Luana Campos, responsável pelo Lapan, explica que as dinâmicas buscam aproximar os alunos da realidade arqueológica local, estimulando a identificação e interpretação dos objetos expostos.

Coxim

Em Coxim, o Memorial Henrique de Melo Spengler, localizado no Câmpus da UFMS de Coxim, será palco do sarau “Mbayá Kadiwéu-Guaicuru”, programado para o dia 18 de maio, às 19h. O evento contará com uma roda de conversa e apresentações de poesias, poemas e canções, celebrando a vida e obra do artista Henrique de Melo Spengler e promovendo o diálogo entre a comunidade acadêmica e os artistas locais.

A diretora do Câmpus de Coxim, Silvana Zanchett, destaca o valor da iniciativa para a preservação do patrimônio cultural e a valorização da história regional, promovendo o conhecimento sobre o legado artístico de Mato Grosso do Sul.

Nova Andradina

Já em Nova Andradina, as atividades da Semana Nacional dos Museus acontecem em parceria com o Museu Histórico e Cultural Antônio Joaquim de Moura Andrade, administrado pela Fundação Nova Andradinense de Cultura (Funac). Entre os dias 19 e 24 de maio, serão realizadas diversas ações, como conferência de abertura, mesa-redonda e o Fórum de Patrimônio Cultural de Nova Andradina, com o objetivo de refletir sobre a preservação do patrimônio local.

A professora Dulceli Estachesk, responsável pelo projeto de extensão Viva o Museu, detalha que as atividades incluirão oficinas de artesanato indígena, oficinas de patrimônio alimentar afro-brasileiro e de viola de cocho, além de visitas guiadas ao museu. O evento reforça a importância da integração entre a academia e a comunidade na preservação e promoção da cultura regional.

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