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quinta-feira, 18 de abril, 2024
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Varíola dos Macacos: Campo Grande terá sete unidades de saúde específicas para testes da doença

Diante do aumento no número de casos da Variola dos Macacos em Campo Grande, a Prefeitura confirmou que está planejando destinar pelo menos sete das 82 unidades de saúde da Rede Pública para que a população possa realizar os testes de diagnóstico da doença. O objetivo com isso, segundo a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), é tornar mais rápida a identificação e o tratamento dos pacientes, evitando que o quadro se agrave.

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Atualmente, Campo Grande contabiliza 14 notificações do vírus, sendo que cinco destes já foram confirmados como positivos e outros sete aguardam a conclusão dos exames e outros dois já foram descartados.

Chamadas de ‘sentinelas’, essas unidades ainda serão escolhidas através de um plano de ação que está sendo realizado pelas autoridades da área de Saúde e que deve ser apresentado em breve.

Por enquanto, o cidadão que esteja com suspeita da doença pode procurar por qualquer uma das UBSF (Unidades Básicas e de Saúde da Família ou unidades de urgência e emergência, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde).

Segundo a Vigilância Estadual e Municipal de Saúde, os casos confirmados em Mato Grosso do Sul não configuram transmissão comunitária da doença. Neste sentido, medidas de prevenção devem ser tomadas, como evitar contato íntimo com pessoas desconhecidas e o contato com secreção de lesões de pessoas suspeitas.

Brasil tem a primeira morte provocada pela doença

No último dia 29, o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte relacionada à varíola dos macacos no Brasil. Em nota, a pasta informou que a vítima era um homem de 41 anos de idade, que já tratava outras doenças, incluindo um câncer, o que ocasionou o agravamento do seu quadro de saúde.Saúde confirma primeira morte relacionada à varíola dos macacosSaúde confirma primeira morte relacionada à varíola dos macacos

Ainda de acordo com o ministério, o homem, cujo nome não foi divulgado, estava em um hospital público de Belo Horizonte, onde sofreu um choque séptico, agravado pela varíola dos macacos. De acordo com o ministério, “a causa do óbito foi o choque séptico”.

Até a tarde desta quinta-feira (28), o Brasil já contabilizava 978 casos confirmados da varíola dos macacos. Até então, os casos estavam concentrados nos estados de São Paulo (744), Rio de Janeiro (117), Minas Gerais (44), Paraná (19), Goiás (13), Bahia (5), Ceará (4), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Tocantins (1), Mato Grosso do Sul (1), Acre (1), Santa Catarina (4) e no Distrito Federal (15). Os novos casos de MS só foram confirmados a tarde.

Varíola dos Macacos

Causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a varíola dos macacos foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A decisão foi tomada com base no aumento de casos em vários países, o que aumenta o risco de uma disseminação internacional.

Especialistas a classificam como uma doença viral rara, transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

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