TJ manda soltar dois presos em operação desencadeada pelo Gaeco no Detran

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Publicado em 30/08/2017 07h51

TJ manda soltar dois presos em Operação Antivírus desencadeada pelo Gaeco no Detran

Dono e funcionário da empresa Digitho Brasil foram beneficiados por habeas corpus

Da redação

O sócio da empresa Digitho Brasil, Jonas Schimidt das Neves, e o secretário Claudinei Mastins Rômulo, conseguiram no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) a concessão de habeas corpus. A decisão foi tomada pelo desembargador de plantão, João Maria Lós, e os dois foram soltos ainda na noite desta terça-feira (29).

Jonas e Claudinei foram presos na manhã de ontem na operação Antivírus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em Campo Grande, tendo como alvo principal o Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul), analisando contratos firmados pelo órgão.

O advogado da dupla, Ronaldo Franco, protocolou a medida no TJ no começo da noite. O defensor frisa que a prisão não tem fundamento, já que a DigithoBrasil não possui contrato com o Detran.

Os clientes de Franco estavam em celas da 3ª Delegacia de Polícia. Conforme apurou o Campo Grande News, dos alvos da operação levados para a unidade da Polícia Civil no Carandá, apenas Ary Rigo continua preso no local.

Entre as medidas impostas por Lós para eles permanecerem soltos, está o comparecimento periódico em juízo e proibição de frequentar as dependências do Detran e de manter contato com funcionários do órgão. Ele considerou ainda que é desnecessário o uso de tornozeleira já que não há indício de fuga.

Operação – Pelo menos 20 endereços foram visitados pela equipe da Gaeco nesta terça, sendo que oito empresas são investigadas no Estado por possível participação em crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Nove mandados de preventiva e três mandados de prisão temporária foram cumpridos, além de 29 mandados de busca e apreensão. Mais de R$ 95 mil em dinheiro foram apreendidos. A investigação, segundo o MPE ((Ministério Público Estadual), começou em 2015. Não foram informados o valor dos contratos sob apuração.

O ex-deputado estadual Ary Rigo, Jonas e Claudinei Mastins, foram presos temporariamente e são suspeitos de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, além de participar de organização criminosa.

Já os presos preventivamente foram o diretor-presidente do Detran, Gerson Claro Dino, o diretor-adjunto Donizete Aparecido da Silva, o chefe de departamento Erico Mendonça, o diretor administrativo e financeiro, Celso de Oliveira, e o diretor de Tecnologia, Gerson Tomi. A situação fez com que o Governo determinasse rigorosa apuração dos fatos.

Também foram presos em medida preventiva José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos, sócios e ex-sócio da empresa Pirâmide Informática, além de Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, servidor público estadual lotado na Sefaz (Secretaria de Governo do Estado de Mato Grosso do Sul). (Com informações Campo Grande News)

Operação foi deflagrada durante a manhã e prendeu várias pessoas, cumprindo também buscas e apreensões