A senadora Soraya Thronicke, candidata a Presidência da República pelo União Brasil, já se definiu quanto posição ao 2º turno, mesmo que ainda não o fez oficial, oficialmente. Mesmo sendo coadjuvante com certo destaque por suas falas ‘humorísticas’ ante os concorrentes a Palácio do Planalto, principalmente a Lula e Bolsonaro, que seguiram na disputa, ela já foi direta em se declarar contra os dois, sendo que não apoiará e nem votará em ambos, que até os chamou de bandidos, mesmo ante ela ser novamente hostilizada, somente pelo antigo aliado, que ajudou a eleger em 2018.
Soraya ainda na noite de domingo (2) foi chamada de “trambique” por Jair Bolsonaro (PL). Ela nesta segunda-feira (3), apontou não apoiar nem Lula nem Bolsonaro, mesmo antes do seu partido União Brasil se definir. A sigla divulgou nota sinalizando apoio ao petista. Em nota à imprensa, o partido disse que está “sempre em defesa da democracia, do Estado de Direito e daqueles que querem o Brasil mais próspero, mais justo e mais sereno”.
A parlamentar, que teve uma votação pequena, anunciou, nas redes sociais, que não deverá apoiar ninguém para presidente da República no 2º turno. “Nenhum desses bandidos merecem o meu apoio. Perder você pode significar muito pra mim, mas nunca deixará de ser pessoal. Obrigatoriamente preciso ser impessoal. O Brasil está acima da Soraya. Entenda isso, por favor!”, respondeu a candidata a um internauta.
Soraya ficou em 5º lugar na votação, com 0,51%, mas a sul-mato-grossense era cobiçada pela equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até vários internautas foram às redes sociais fazer um apelo para que Soraya declare voto em Lula. “Se o Brasil está acima da Soraya, o mínimo seria ver que não podemos continuar com Bolsonaro no poder presidencial”, disse um perfil.
Histórico
Soraya foi eleita na onda de bolsonarismo em 2018, mas se destacou como uma das principais críticas de Bolsonaro na campanha eleitoral. Logo após o encerramento da votação, ao falar para apoiadores no cercadinho do Palácio do Alvorada, Bolsonaro voltou a atacar a ex-aliada, que a chamou de “trambique”.
“Uma política, é um self-service pessoal. Você tem ali eu, Lula, Ciro, a estepe, a trambique ali, que é a decorada sabe daquilo, né? A decorada. E acabou. Não adianta procurar. ‘Ah eu quero uma pessoa assim’, É que está ali pô, agora, a pior hipótese é não votar em ninguém”, falou Bolsonaro.