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segunda-feira, 12 de maio, 2025
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Fim de inquérito tem Marquinhos Trad indiciado por três crimes sexuais

O inquérito policial sobre apontado escândalos-crimes de cunho sexual contra o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, se encerrou nesta terça-fera (18), data que estava limite para seu fim. O ex-chefe do executivo municipal, que disputou cargo para governador de Mato Grosso do Sul, prestou depoimento somente ontem ante ação criminal em curso desde final de junho. Com o depoimento, que era somente o que faltava para conclusão do caso, na esfera policial, Trad foi indiciado pelos crimes de estupro, importunação sexual e assédio sexual.

Agora, o Podre judiciário é que vai decidir se acolhe ou não a levar o acusado a responder na Justiça pelos três crimes. Trad prestou depoimento de quase 4 horas nesta terça-feira (18), na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde saiu e negou ter praticado qualquer crime. Bem como voltou a ratificar que foi vitima de armações politicas ante o processo eleitoral que participou e está em vigor com a disputa pelo segundo turno. Veja abaixo resumo do caso e link de matérias anteriores do Enfoque MS, que vinha acompanhando o casp.

O ex-prefeito, agora sem nenhum cargo público, teve no processo policial 16 denúncias contra sí, desde o ‘estouro’ do escândalo, em junho passado. Contudo, diversas denuncias foram ‘caindo’ pelo caminho, e agora se concluiu e se acatou cinco delas, que resultaram no indiciamento aos três crimes na esfera sexual de maior e menor gravidade.

Para o crime de estupro, a pena vai de 6 a 10 anos. Já para a prática de importunação sexual, a pena prevista no Código Penal varia entre 1 a 5 anos. Por fim, o terceiro crime pelo qual Marquinhos foi indiciado, de assédio sexual, tem pena de seis meses a dois anos de reclusão, mais multa.

A espera do depoimento pessoal para finalizar

A delegada responsável pelas investigações, Maíra Pacheco, revelou que esse era e foi o ‘último ato’ do inquérito, na alçada da PC-MS (Polícia Civil de MS). “Agora é aguardar o resultado das diligências finais ou que possam ter surgido com este depoimento, para poder encaminhar [o inquérito] ao Judiciário”, explicou a delegado.

Marquinhos deixou a Deam por volta das 13h30 desta terça-feira e insistiu tratar de armação política. “O tempo vai mostrar que foi uma verdadeira crueldade o que fizeram”, declarou à imprensa. Ele adiantou que seus advogados já entraram com pedido de habeas corpus.

Trad havia sido intimado a prestar esclarecimentos ainda durante a campanha eleitoral, mas pediu adiamento alegando problemas de agenda, e só nesta terça foi até a delegacia. O ex-prefeito disse que tentou adiar o depoimento novamente, mas o pedido foi negado.

Primeiras denúncias

A primeira denúncia feita contra Marquinhos Trad aconteceu no fim de junho deste ano, quando algumas mulheres procuraram a Corregedoria da Polícia Civil para relatar os crimes de assédio. Já no dia 26 de julho, em coletiva sobre o caso, a delegada Maíra Pacheco afirmou que a informação de suposto pagamento feito às mulheres para registrarem denúncias não constava no inquérito.

A defesa de Marquinhos alegou que as denúncias seriam falsas e que as mulheres estavam sendo pagas para registrarem boletins de ocorrência. A defesa ainda pediu pelo trancamento do inquérito e no dia 24 de agosto um parecer, assinado pelo magistrado Alexandre Saldanha Capiberipe, trancou parcialmente algumas denúncias.

Marquinhos alegou armação política

Marquinhos Trad alegou, na época das denúncias, bem como ratificou ontem, que tudo seria parte de uma ‘armação política’ para prejudicar a candidatura dele a governador de Mato Grosso do Sul após uma discussão por WhatsApp com o secretário de estado de Segurança, Carlos Videira.

Trad até admitiu que cometeu adultério com ao menos duas das denunciantes enquanto era prefeito de Campo Grande, mas nega qualquer crimes sexuais contra as denunciantes e ou mesmo na ordem da administração pública.

Já em 2018, uma denúncia envolvendo suposto assédio contra uma menor aprendiz da Prefeitura chegou ao conhecimento da polícia civil.

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