Audiência de custódia de Adelio Bispo de Oliveira foi realizada na tarde desta sexta-feira (7) em Juiz de Fora.
07/09/2018 18h00
Por: Redação
Adelio Bispo de Oliveira, 40 anos, preso por esfaquear o candidato à presidência pelo PSL Jair Bolsonaro, na tarde de quinta-feira (6), em Juiz de Fora (MG), será transferido para um presídio federal de Campo Grande. O Ministério da Justiça definiu o local para onde encaminhar o preso, após audiência de custódia que foi realizada nesta sexta (7), no plantão da Justiça Federal em Juiz de Fora.
O ministro da Justiça, Raul Jungmann, decidiu que o acusado será removido para a Penitenciária Federal de Campo Grande. A previsão é de que a transferência ocorra neste sábado (8).
Adelio foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelo crime de “atentado pessoal por inconformismo político” com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional. Por essa acusação, ele pode ser condenado a uma pena de 3 a 10 anos de prisão. A legislação prevê ainda que se a agressão resultar em lesão corporal grave, a pena pode ser até mesmo dobrada. A PF pode indiciá-lo no início da investigação porque ele foi preso em flagrante, o que permitiu o indiciamento imediato.
O deputado federal Delegado Francischini, líder do PSL na Câmara dos Deputados, está em Juiz de Fora e acompanha os desdobramentos do caso. Em entrevista antes da audiência, ele informou que o partido havia requerido à Polícia Federal a transferência de Adelio para um presídio federal de segurança máxima. O deputado pede ainda que as investigações prossigam para identificar se há outras pessoas envolvidas.
“A audiência terminou, a juíza [Patrícia Alencar] deferiu a continuidade da prisão do Adélio, que tentou matar Jair Bolsonaro. É uma primeira vitória nossa. Claro que num crime complexo como esse não esperávamos mais do que a firmeza da doutora Patrícia, que manteve a prisão e determinou a transferência do Adélio para um presídio federal de segurança [máxima]. Ele vai ser removido agora pelo Ministério da Justiça. Não sabemos ainda para qual”, disse Franceschini, ao final da audiência, que durou cerca de uma hora e meia.
O ministro da Segurança Pública, disse que a Polícia Federal (PF) trabalha com a hipótese de que o agressor agiu sozinho, como “lobo solitário”. Ele ainda disse que três pessoas são investigadas.
Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo na manhã desta sexta-feira (7). Bolsonaro estava internado na Santa Casa de Juiz de Fora (MG), onde passou por uma cirurgia após o ataque que sofreu na quinta-feira (6) em Minas Gerais.
Boletim médico divugado às 14h20 desta sexta pelo Hospital Albert Einstein informa que Bolsonaro está consciente e em boas condições clínicas.
“O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, internado no Hospital Israelita Albert Einstein na manhã de hoje, 7, encontra-se consciente e em boas condições clínicas. O paciente está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde realizou exames laboratoriais e de imagens e foi avaliado por equipe multiprofissional”, informa o boletim.
“O tratamento iniciado anteriormente em Juiz de Fora (MG) está sendo continuado. A equipe médica responsável pelo paciente é formada pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo e o clínico e cardiologista Leandro Santini Echenique”, completa.
O hospital, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não vai mais divulgar boletins sobre o estado de saúde do candidato nesta sexta-feira. (Com informações G1)




















